Lula diz ainda não saber se vai reabrir a BR-319 entre Manaus e Porto Velho

Sobre a redução e vôs nas capitais da região Norte, Lula disse que n 'nós vamos chamar as empresas de aviação para conversar sobre o porquê não temos aviões regionais e o preço alto das passagens'

PORTO VELHO – O presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) concedeu uma entrevista à Rádio Rondônia, de Porto Velho, na manhã desta quinta-feira, 3, quando se mostrou cauteloso ao abordar a conservação do meio ambiente na Amazônia. Indagado sobre a reabertura da BR-319 que liga Porto Velho a Manaus e que já foi transitável com asfalto que depois foi sendo arrancada do leito da rodovia, o presidente relembrou tentativas anteriores de revitalização da rodovia e levantou preocupações com invasões ilegais.

“A 319 foi uma rodovia que já funcionou. Tentamos fazer em 2010, mas tinha um problema sério com a questão ambiental, muito crítica com essa parte da Amazônia. Decidimos agora no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), antes de dizer de forma precipitada se vamos ou não colocar, construir um grupo especial para dar a palavra definitiva. A gente pode, ou não pode fazer a BR-319? Quais problemas vamos criar de verdade, e o que a gente pode evitar?”, disse ele.

O presidente não revelou quem irá compor o grupo especial. Durante seu segundo mandato, em 2007, o presidente Lula já havia investido na revitalização da BR-319 utilizando o Programa de Aceleração do Crescimento. À época, o governo Lula investiu R$ 697 milhões para a revitalização da rodovia.

“Na minha opinião, eu acho que a gente pode fazer, com muito cuidado, a BR-319. Montar ponto de fiscalização, até colocar gente das Forças Armadas para tomar conta desse pedaço da estrada para evitar que haja transtorno, evitar que haja invasão, ocupação, madeireiro, o que seja”, afirmou o chefe de Estado.

Lula demonstrou preocupação especial com o meio ambiente, pauta importante para o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima. A ministra Marina Silva, em maio deste ano, disse que o trecho intransitável da rodovia precisa de uma avaliação ambiental estratégica.

“O projeto é de altíssimo impacto ambiental por ser uma estrada no ‘coração da Amazônia’ e o asfaltamento deve aumentar os indicadores de desmatamento”, afirmou Marina à época.

Resumo da entrevista com as rádios da Amazônia:

– É um prazer conversar com as rádios Amazônia. Os investimentos para a COP 30, que será em 2025 em Belém, vão ficar como legado para o povo dos estados amazônicos.
– Vamos ser muito duros no combate ao crime organizado nas nossas fronteiras. O encontro com os oito presidentes dos países amazônicos vai pautar o combate ao narcotráfico também. Cuidar das nossas florestas também passa pela pauta da segurança.
– A organização do Tratado dos Países Amazônicos tem 40 anos, mas nunca os oito presidentes haviam se encontrado para pensar o desenvolvimento regional. Nós queremos uma ação conjunta não só com os países, mas com os prefeitos e governadores para combater o desmatamento, o garimpo ilegal e o crime organizado.
– Nos próximos dias, vou para Parintins retomar o Programa Luz Para Todos e a interligação de Parintins, Itacoatiara e Juruti ao Sistema Interligado Nacional de Energia Elétrica. Temos muito trabalho pela frente.

– Quero que os líderes que tanto falam da Amazônia venham para a Amazônia para conhecer. Porque cuidar da Amazônia é cuidar dos rios, da floresta, do meio ambiente mas também é cuidar das pessoas que moram ali.

– Não há nenhum momento da história recente em que um presidente colocou mais investimento no Acre do que nos meus governos. Eu tenho um apreço muito grande pelo Acre e devo ir ao estado nos próximos dias inaugurar escolas técnicas e Institutos Federais. Nós vamos cuidar de todos os estados com igualdade de condições.

– Dentro do PAC, que vamos lançar na semana que vem, tem a questão da transição energética que vai favorecer a produção de energia mais barata e sustentável para o povo brasileiro.

– Nós vamos chamar as empresas de aviação para conversar sobre o porquê não temos aviões regionais e o preço alto das passagens. Queremos discutir com muita seriedade e normalizar o fluxo de viagens entre nossas regiões.

Fonte: Com informações do rondoniaaovivo.com

Comments (0)
Add Comment