Laerte Gomes cita descaso da Energisa com a população ao instalar CPI

Parlamentar afirma que a Assembleia são os olhos e os ouvidos da comunidade

O presidente da Assembleia Legislativa, Laerte Gomes (PSDB), na sessão ordinária desta terça-feira (24), disse ter recebido um apelo de amigos do município de Seringueiras, informando que a cidade virou um caos por conta da Energisa. Ele afirmou que o comércio e o cidadão em geral estão pagando uma conta muito alta devido à incompetência da empresa.

“A energia não chega na voltagem que deveria, chega fraca, por isso oscila muito e queima aparelhos. As bombas da Caerd queimaram e o município está há três dias sem água. E não há como culpar a companhia, porque a Energisa não envia a energia que deveria, cobra caro e a população está revoltada com isso, inclusive com ameaça de fechamento da BR-429”, relatou Laerte.

Ainda segundo o deputado, a insatisfação da população em Seringueiras é com o descaso da Energisa. Ele disse ser impressionante os pedidos de socorro da comunidade. Laerte Gomes esteve no Cone Sul e mostrou as mensagens que chegam no aplicativo WhatsApp com reclamações da empresa.

“E agora a Energisa usa os grupos de WhatsApp para colocar a culpa do valor da conta nos impostos. Mas quero lembrar que a mesma carga tributária de hoje existia quando a Ceron era detentora da concessão, Lembro isso porque eles chegaram em Rondônia agora e acham que aqui não tem lei, que aqui eles que mandam. Se você for em 98% das residências a conta era metade do preço”, afirmou Laerte.

O deputado contou que no mês anterior pagou pouco mais de duzentos reais de conta de energia na casa onde mora em Porto Velho, e neste mês veio R$ 418,00. “Paguei hoje, porque venceu no dia 24, hoje é dia 24, se eu deixasse para pagar daqui a cinco dias, cortavam. É esse absurdo que vamos ter que enfrentar. A população espera que esta casa se pronuncie”, acrescentou.

Laerte disse, ainda, que os cortes são irregulares, feitos sem notificação anterior. Ele acrescentou que a Energisa chega de forma grosseira, retirando os relógios como se todos estivesse roubando energia. “E eles botam os relógios e o cidadão não pode atestar se eles não estão roubando o cidadão, como parece que está acontecendo. O consumidor não tem o direito de averiguar se os relógios deles estão certo”, destacou.

Ele explicou que a Energisa assumiu a concessão com o compromisso de baixar a energia 1,5% e no outro mês aumentou 20%. “Mas a conta dobrou. Que 20% esticado é esse? ”, indagou.

O presidente da Assembleia Legislativa leu um relato de uma pessoa que residente no interior contando que o irmão sofreu um acidente há 20 dias, ficando em coma e depois falecendo. Os pais dele, após o velório em Porto Velho voltaram para casa, encontrando tudo escuro, constatando que além de a energia ter sido cortada, o relógio foi levado, sendo que nunca atrasaram o pagamento de nenhuma conta.

Ele acrescentou que a aprovação de uma CPI, como a proposta do colega Alex Redano (PRB), acontece devido a muita insatisfação. “Não pode gente, a Ceron ter errado tantos anos, como a Energisa diz. Se ela tira o relógio, leva embora e traz outro é porque acha que o consumidor está roubando energia. Mas eu acho o contrário. Ela pode estar levando o relógio e colocando outro lá para o relógio andar mais ligeiro e a conta vir mais cara. Então, precisa se fazer alguma coisa”, detalhou.

Momentos depois o presidente instalou formalmente a CPI. Os membros, pelo consenso, são Alex Redano, Jair Montes (PTC), Edson Martins (MDB), Ismael Crispin (PSB) e Cirone Deiró (Podemos). Os suplentes são Adailton Fúria (PSD) e Adelino Follador (DEM). Laerte pediu para que sejam criadas subcomissões para tratar do tema e assegurou suporte técnico para que a CPI possa desenvolver um bom trabalho e dar uma resposta à população, “porque a Assembleia são os olhos e os ouvidos da comunidade”.

ALE-RO

CaerdEnergisa
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