Com protagonismo logístico na região, o Porto de Porto Velho tem fortalecido o desenvolvimento do agronegócio, com a importação de 48 mil toneladas de fertilizantes. Advindo da China, Rússia e Canadá, com destino a Rondônia e Mato Grosso, esse volume de insumos será movimentado no Porto até o final de agosto. Como um ponto estratégico de entrada e distribuição de fertilizantes, o terminal portuário se destaca por sua localização privilegiada no Rio Madeira, fator que facilita o transporte e a logística, garantindo que os produtos cheguem de forma rápida e eficiente aos destinos finais.
A entrega desse material, além de chegar no Porto pelas barcaças no modal hidroviário, envolve também mil caminhões que abastecem as lavouras pela BR-364. Para a execução do escoamento, o Porto, em conjunto com o operador portuário responsável, montou a logística necessária para o recebimento da carga, com o uso de guindaste para a captação do granel.
Os fertilizantes são fundamentais para o crescimento das plantações de soja e milho, por exemplo, proporcionando os nutrientes necessários para o solo e, consequentemente, para as plantas. Com o uso adequado desses insumos, os agricultores conseguem aumentar a produtividade, melhorar a qualidade dos produtos e garantir uma colheita mais abundante. Rondônia e Mato Grosso, dois estados produtores de grãos e outras culturas no Brasil, dependem diretamente desses insumos para manter o ritmo de crescimento e competitividade no mercado.
Para o governador de Rondônia, Marcos Rocha, esta ação específica, impacta diretamente no melhoramento da agricultura e, consequentemente, no desenvolvimento econômico do estado. “Todo o trabalho desenvolvido no transporte de cargas pelo Porto de Porto Velho, em diversos setores, tem refletido em avanços para a economia do estado, impulsionando diversas áreas”, pontuou.
ATENDIMENTO ÀS DEMANDAS
A administração do Porto, feita pela Sociedade de Portos e Hidrovias de Rondônia (Soph), acompanha a expansão do agronegócio regional e busca abrir mais espaço para atender às demandas. Com o recente Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ), novas áreas podem ser disponibilizadas para abarcar às necessidades da produção, incluindo a disponibilização da estrutura capaz de receber equipamentos para movimentar granéis sólidos, como também uma organização que, através da regularidade fiscal e tributária permite que a exportação e importação aconteçam.
Segundo o diretor-presidente da Soph, Fernando Parente, o Porto dispõe de condições para atracação e transbordo de grande volume de cargas durante a crise hídrica, como o cais flutuante que acompanha o nível das águas. “Essas vantagens são o diferencial do Porto de Porto Velho, que tem sido buscado pelos produtores que desejam não só importar fertilizantes, mas também exportar a própria produção agrícola”, salientou.
Por Josi Gonçalves e Guilherme Belém