O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) tem finalizado um projeto para obtenção de financiamento e ampliação de ações contra as queimadas e o desmatamento na região da Floresta Amazônica. A expectativa é de que o plano seja articulado mais para o fim do ano, no formato de um “projeto robusto”.
A afirmação foi confirmada pelo presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, ao Estadão. “O Ibama deve submeter no fim do ano um projeto robusto para o Fundo Amazônia. Está em fase final de concretização”, afirmou.
Ainda não há confirmação sobre o valor predestinado ao projeto, nem quanto já foi destinado no combate às queimadas na região. Contudo, ele cobrou por mais equipamentos. “Obviamente, a gente tem de se planejar melhor, ter estruturas melhores. O Brasil precisa ter mais aeronaves de combate a incêndio”, disse.
O programa Fundo Amazônia é gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e tem um saldo de R$ 4,1 bilhões. Seu objetivo é justamente destinar a verba recebida a projetos de prevenção, monitoramento e combate ao desmate e de promoção da conservação e do uso sustentável da Amazônia Legal.
Os recursos provenientes da União Europeia, Alemanha. Reino Unido, Suíça, Estados Unidos e Dinamarca, recebidos durante a troca de governo, ainda estão em fase de transferência. O Metrópoles tenta contato com o BNDES para confirmar a destinação das verbas, mas ainda não obteve retorno.
Os especialistas afirmam que os fenômenos que ocorrem no país (como as queimadas na Floresta Amazônica e as enchentes no Sul) são intensificados pelo El Niño, que é caracterizado por alterações na temperatura das águas do Oceano Pacífico.
É válido destacar que o Brasil participa, entre os dias 30 de novembro a 12 de dezembro, da Cúpula do Clima em Dubai, nos Emirados Árabes (COP-28).
Ibama combate Amazonas em chamas
O número de focos de queimadas detectadas só no estado do Amazonas supera a média histórica para todos os meses de outubro, segundo informações do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Durante os primeiros 10 dias deste mês, foram registrados 2.684 pontos de calor. Foram, também, geradas cerca de 11 mil multas neste ano.
O presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, revelou que cerca de 73,5% dos incêndios no Amazonas ocorreram em áreas já desmatadas, e 55% deles em áreas recém-desmatadas.
Via metrópoles