“Guerra de Pesquisas” marca acirramento entre Mariana Carvalho e Léo Moraes no segundo turno em Porto Velho

Levantamentos divergentes expõem a disputa apertada entre os candidatos, com diferenças significativas nos resultados apresentados pelos institutos

O segundo turno das eleições em Porto Velho tem sido marcado por uma verdadeira “guerra de pesquisas”, onde os levantamentos divulgados por diferentes institutos apresentam cenários opostos para os candidatos Mariana Carvalho (União Brasil) e Léo Moraes (Podemos). A intensa disputa entre os postulantes, evidenciada pelos números conflitantes, reflete o acirramento da campanha, que parece se intensificar a cada novo levantamento.

A primeira pesquisa do segundo turno, divulgada no último domingo (13) pelo Instituto Phoenix, trouxe um cenário amplamente favorável à candidata Mariana Carvalho. De acordo com o levantamento, registrado no TSE sob o número RO-01152/2024, a candidata do União Brasil lidera com 49,25% das intenções de voto, uma vantagem de 15 pontos percentuais sobre Léo Moraes, que aparece com 34,44%. Realizada entre os dias 8 e 10 de outubro, a pesquisa ouviu 601 eleitores e apresentou uma margem de erro de quatro pontos percentuais. Com isso, Mariana manteve-se no topo, corroborando sua vitória no primeiro turno, quando obteve mais de 111 mil votos, cerca de 47 mil a mais que o segundo colocado.

Outro levantamento, também do Instituto Phoenix, divulgado três dias depois, em 16 de outubro, reforçou a posição de liderança de Mariana. Registrada sob o número RO-09770/2024, essa nova pesquisa apontou 50,08% das intenções de voto para a candidata, enquanto Léo Moraes ficou com 37,10%. A vantagem de 13 pontos percentuais manteve-se estável em relação à pesquisa anterior, consolidando a perspectiva de uma vitória folgada para Mariana Carvalho. No entanto, tais números contrastam fortemente com pesquisas divulgadas no mesmo período que mostram Léo Moraes em clara ascensão.

No mesmo dia 13 de outubro, o Instituto Amazônia de Pesquisas (IAP) publicou um levantamento que apontava uma vantagem significativa para Léo Moraes. De acordo com essa pesquisa, registrada sob o número RO-04161/2024, Léo teria 52,8% das intenções de voto contra 38,2% de Mariana Carvalho. Nos votos válidos, a diferença era ainda maior, com Léo alcançando 58% e Mariana 42%. Realizada entre os dias 8 e 10 de outubro, a pesquisa ouviu 650 pessoas e trouxe um dado adicional relevante: a rejeição da candidata do União Brasil atingiu 58,4%, enquanto Léo Moraes apresentou uma rejeição de 38,2%.

Essa disparidade de resultados foi ampliada com a divulgação de mais um levantamento favorável a Léo Moraes, desta vez pelo Instituto Veritá, no dia 15 de outubro. Registrada sob o número RO-03534/2024, a pesquisa ouviu 1.010 eleitores entre os dias 10 e 14 de outubro e apontou Léo com 56,1% dos votos válidos contra 43,9% de Mariana. Nos votos totais, Léo aparece com 50,2%, enquanto Mariana tem 39,3%, uma diferença de mais de 10 pontos percentuais. Com uma margem de erro de 3,1%, o levantamento foi considerado uma das leituras mais confiáveis, dado o histórico do instituto no primeiro turno.

O acirramento entre os dois candidatos é claro, e a divergência entre as pesquisas reforça o clima de incerteza para o desfecho do pleito. Nas redes sociais, apoiadores questionam as pesquisas que não colocam o “seu” candidato à frente da disputa, e, com isso, se engajam em desmoralizar os institutos responsáveis por esses levantamentos.

O panorama do primeiro turno também ajuda a entender a atual configuração do segundo. Mariana Carvalho, do União Brasil, foi a candidata mais votada, com 44,53% dos votos válidos, o que lhe garantiu 111.329 votos. Léo Moraes, do Podemos, ficou em segundo lugar, com 25,65%, somando 64.125 votos. Outros candidatos, como Célio Lopes (PDT), com 11,74%, e Juíza Euma Tourinho (MDB), com 9,79%, ficaram fora da disputa no segundo turno, assim como Dr. Benedito Alves (SD), Ricardo Frota (NOVO) e Samuel Costa (REDE). No total, foram contabilizados 268.585 votos, dos quais 93,09% foram considerados válidos, enquanto a abstenção chegou a 25,86%.

Com a proximidade do segundo turno, a “guerra de pesquisas”, termo usado por colunistas políticos locais, deve continuar a se desenrolar, e somente as urnas poderão determinar quem realmente lidera essa disputa acirrada pela Prefeitura de Porto Velho. No entanto, com a enorme discrepância entre os resultados apresentados até agora pelos diversos institutos, está claro que aquele que errar será veementemente questionado.

O peso da responsabilidade sobre as pesquisas nunca foi tão grande, e a credibilidade dessas instituições está em jogo, já que a diferença de projeções é tão significativa que não há espaço para erros grosseiros.

 

Via Rondoniadinamica

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