Porto Velho, RO – Após deliberações na sessão conclusiva do grupo de trabalho da BR-319, ocorrida em Brasília na última quinta-feira (29), ficou evidente o direcionamento para que o governo do presidente Lula da Silva (PT) proceda com o asfaltamento da rodovia.
“Após 90 dias de atividade, o grupo de trabalho da BR-319 encerrou suas atividades. Revisamos estudos anteriores, ouvimos parlamentares, instituições, governos estaduais e sociedade civil. Reunimos os órgãos federais envolvidos no projeto para estabelecer uma agenda de entregas que viabilize o empreendimento”, declarou o secretário-executivo do Ministério dos Transportes, George Santoro, ao analisar o encontro.
A secretária nacional de Transporte Rodoviário, Viviane Esse, delineou a abordagem para a pavimentação do trecho intermediário da BR-319 (entre os quilômetros 250 e 655,7), assegurando a acessibilidade em toda a via.
“Podemos empregar uma tecnologia específica para construir uma infraestrutura sustentável que proteja o meio ambiente e, ao mesmo tempo, promova a integração das comunidades”, afirmou a engenheira civil durante a reunião.
A rodovia estende-se por 885 quilômetros, conectando Manaus a Porto Velho, dos quais 193 quilômetros perpassam Rondônia e 692 quilômetros adentram o Amazonas.
“A BR-319 já foi pavimentada uma vez em sua história. É crucial oferecer um tratamento especial àquela região intermediária, dada sua peculiaridade ambiental”, destacou a secretária nacional de biodiversidade, florestas e direitos animais do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Rita de Cássia Mesquita, pesquisadora licenciada do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa).
Desmatamento
A pasta do meio ambiente também alertou para a tendência de desmatamento na região, conforme apontado por levantamento do Ibama.
Por conseguinte, “não é viável considerar a BR-319 de maneira isolada e desvinculada dessa tendência”.
O subsecretário de sustentabilidade da secretaria-executiva do Ministério dos Transportes, Cloves Eduardo Benevides, enfatizou a necessidade de ponderar o “acesso logístico e de mobilidade em contraposição à preocupação com os impactos climáticos, ambientais e a preservação florestal, que são elementos integrantes da decisão estratégica do governo brasileiro”.
Por fim, Santoro solicitou mais contribuições e um plano para que o Ministério dos Transportes estabeleça um cronograma para a conclusão da obra.
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