Marcos Rocha chamou atenção para a situação financeira do país onde são escassos os recursos, inclusive com estados endividados. Pelo menos sete estados já decretaram situação de calamidade financeira: Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Roraima, Mato Grosso, Minas Gerais e Goiás. Ele explicou que Rondônia também não se encontra em situação tão favorável. Há cerca de R$ 400 milhões em dívida e o momento é de buscar equilíbrio financeiro para que o estado consiga recuperar capacidade de investimento.
O governador destacou que diante desse cenário, qualquer reajuste dado aos servidores pode travar a economia rondoniense, impactado negativamente inclusive setores essenciais como saúde, educação e segurança pública. Além disso, o Estado ainda enfrenta o retorno da dívida do Beron com pagamento mensal de R$ 17 milhões, tem que executar o pagamento de precatórios, resolver a situação da endividada Caerd e da falta de recurso no Iperon.
‘‘Tudo tem seu momento e, agora, o Estado não consegue atender a categoria [dos agentes penitenciários], mas estamos trabalhando para que a economia funcione. Sou um governador livre de amarras, e acredito que cortando a corrupção, vai sobrar dinheiro’’, avalia ele que também destacou que tem buscado enxugar a máquina pública e apoiar áreas estratégicas para o crescimento da economia.
O deputado estadual Anderson Pereira, que já foi representante do Sindicato de Agentes Penitenciários do Estado, e o presidente da Fenaspen também concordaram que o momento é de organização da máquina pública.
Para o chefe da Casa Civil, Pedro Pimentel, a categoria dos agentes penitenciários representada pelo sindicato perdeu em janeiro uma grande oportunidade ao rejeitar a proposta do governo que previa um incremento em torno de R$ 400 no vencimento dos servidores. O governador explicou que atual situação do Executivo não permite uma nova proposta.