Policiais da 9ª Delegacia de Polícia (Lago Norte), com apoio operacional de 60 investigadores da Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCRJ), cumprem, na manhã desta quarta-feira (5/10), 31 mandados judiciais contra uma organização criminosa especializada no golpe do empréstimo consignado. O esquema movimentou cerca de R$ 3,5 milhões.
No total, os policiais cumprem dois mandados de prisão temporária, sete de prisões preventivas, nove de busca e apreensão e 13 de sequestro de bens e valores.
A quadrilha investigada havia montado uma empresa de fachada chamada Global Intermediações Promotora LTDA. O negócio contava com 30 funcionários e funcionava como um call-center, por meio do qual os empregados assediavam pessoas de todo o Brasil com ofertas de crédito consignado.
Os criminosos ligavam para clientes que receberam crédito consignado anteriormente e ofertavam a “portabilidade” para outro banco, com supostas taxas de juros e parcelas menores.
A vítima era induzida a fornecer toda a documentação e aceitar a proposta. Depois, os golpistas conseguiam um novo empréstimo, em nome do cliente, que acabava com duas dívidas: a original e a nova, obtida de forma fraudulenta.
Após aplicarem o golpe, os criminosos bloqueavam os telefones, e as vítimas ficavam sem a quem recorrer.
A investigação demonstrou que o núcleo da organização criminosa era composto pela mesma família: mãe, filho e nora — que ainda usou o nome do irmão, um motoboy, para aparecer como proprietário laranja da Global Intermediações.
Para evitarem serem encontrados pela polícia, os criminosos mudavam de endereço com frequência.
No DF, a quadrilha fez cinco vítimas, que sofreram prejuízos entre R$ 90 mil e R$ 230 mil. A investigação também localizou outras dezenas em oito estados: Alagoas, Bahia, Goiás, Paraná, Pernambuco, Santa Catarina, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
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Metrópoles