Funcionários públicos farão mais uma rodada de manifestações para cobrar reajuste salarial do governo de Jair Bolsonaro (PL). A agenda começa nesta 4ª feira (9.mar.2022) com um protesto em frente à Secretaria do Tesouro Nacional, em Brasília.
O protesto desta 4ª feira (9.mar) é organizado pelo Unacon Sindical (Sindicato Nacional dos Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle), que reúne funcionários do Tesouro Nacional e da CGU (Controladoria-Geral da União). A expectativa é que cerca de 200 pessoas participem do protesto e suspendam suas atividades hoje.
Mais tarde, às 18h, o Fonasefe (Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais) lança o Comando de Mobilização e Construção da Greve. A ideia é organizar uma manifestação com a participação de várias carreiras do funcionalismo público federal, em Brasília, em 16 de março.
O Fonacate (Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado) vai avaliar se também participará do protesto do próximo dia 16. Ainda assim, o Fonasefe já quer discutir o início de uma greve a partir de 23 de março.
“No dia 16, vamos dar um ultimato ao governo. Já mandamos documentos, pedimos reuniões e não nos deram resposta. Se continuarem em silêncio, não nos restará outra alternativa a não ser discutir a greve”, afirmou o secretário-geral da Condsef (Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal), Sérgio Ronaldo da Silva.
Também haverá manifestação na 5ª feira (10.mar.2022), mas no BC (Banco Central). Segundo o Sinal (Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central), funcionários do BC devem cruzar os braços no período da tarde. O grupo já fez outras paralisações, inclusive com impacto no monitoramento do sistema de pagamentos brasileiro.
Os funcionários públicos pedem a recomposição da inflação acumulada no governo Bolsonaro, o que representaria um reajuste salarial de 19,99%. O movimento começou depois que o presidente indicou que pode dar aumento só para os policiais federais em 2022. Diante da pressão das demais categorias do funcionalismo público, o governo ainda não confirmou o reajuste dos policiais e avalia medidas alternativas, como o reajuste do vale-refeição de todos os funcionários públicos.
Poder 360
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