Medicamentos de atenção básica para a distribuição em Unidades Básicas de Saúde (UBS) do Município estão em falta e pacientes em tratamento contínuo, cadastrados para o recebimento gratuito nas unidades estão sendo encaminhados para a Farmácia Popular, para tentarem receber o medicamento através do Sistema Único de Saúde (SUS).
“O senhor pode ir até a Farmácia Popular, no Centro da cidade ou na Zona Leste”, orientou a servidora da Policlínica Manoel Amorim de Matos, Zona Sul de Porto Velho, ao idoso Odilon dos Passos Alves, 67 anos. O paciente precisa do medicamento para controle de hipertensão, Captopril, mas há dois meses o Município não oferece nas UBS da capital.
A servidora, que prefere não ser identificada, informou que, com o cartão do SUS e a receita médica, os pacientes podem receber o medicamento na Farmácia Popular, mas o deslocamento para os moradores da Zona Sul é dificultoso. “Eu não sei nem onde é essa farmácia e é complicado a gente ir até lá, então o jeito é comprar para não ficar sem tomar o remédio”, disse Odilon.
Outros medicamentos, como o Metformina, para o controle de diabetes, a farmácia da UBS só oferece de 500g, mas segundo a servidora que atende no local, a maioria dos cadastrados precisa de 850g. O Glibenclamida, também para diabetes, só tem de 0,5 mg. “É difícil porque nós não temos nenhuma previsão para a reposição desses medicamentos. E se não tem aqui, não tem nas outras unidades, porque quando chega para a farmácia da secretaria, eles distribuem para todas as unidades”, acrescentou a servidora da Saúde.
A Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) diz que a falta dos medicamentos nas unidades se dá por conta do atraso da entrega pelo fornecedor contratado e o Município já entrou com ação judicial para pressionar o cumprimento do prazo pelo fornecedor. Contudo, a emissão dos medicamentos citados não foi suspensa, mas sim centralizada na Farmácia Popular do centro da cidade, que faz parte da rede de assistência farmacêutica do município, por conta dos estoques diminuídos. De acordo com o chefe da Divisão de Farmácia Básica da Semusa, Elber Jucá Ceccon, é esperado que em um prazo de até 30 dias a situação seja normalizada.