Ex-governador de Rondônia Daniel Pereira tem busca e apreensão em sua residência

O ex-governador não foi preso, é apenas alvo da operação que apura indícios de irregularidades ou crime

O ex-governador de Rondônia, Daniel Pereira, é alvo na nova fase da Operação Pau Oco, deflagrada na manhã desta sexta-feira (12), contra corrupção e crimes ambientais no estado. O G1 tenta localizar a defesa de Daniel Pereira.

A Polícia Civil chama essa fase de “Teste do Sabre”, que apura a existência de um grupo criminoso que atua na administração pública estadual desde abril de 2018.

Segundo as investigações, essa organização criminosa estava voltada ao atendimento de demandas no setor ambiental, lucrando financeira e politicamente.

Os suspeito são investigados pelos crimes de constituir e integrar organização criminosa, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, crimes contra a flora, contra a administração ambiental, advocacia administrativa, peculato digital, tráfico de influência, falsificação de documento público e falsidade ideológica.

São cumpridos nesta manhã oito mandados de prisão preventiva e 45 ordens de busca e apreensão em residências e empresas em todo o estado, principalmente em Porto Velho, Espigão do Oeste (RO), Ouro Preto do Oeste (RO), Ariquemes (RO), Buritis (RO), Candeias do Jamari (RO), Vista Alegre do Abunã (RO).

Daniel Pereira foi empossado governador de Rondônia no dia 6 de abril de 2018, após renúncia do então governador Confúcio Moura. Daniel ficou no cargo até as eleições do mesmo ano.

Operação Pau Oco

A operação foi deflagrada em 5 de novembro de 2018 pela Delegacia de Repressão as Ações Criminosa Organizadas de Cacoal (Draco/Interior), em parceria com o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco/RO) e o Ministério Público de Rondônia (MP/RO).

Conforme a diretora da Polícia Civil, Valquíria Boaventura, as investigações começaram visando apurar um esquema de extração ilegal de madeiras, sem qualquer verificação prévia em áreas florestais de jurisdição estadual. Os locais de origem da retirada da madeira ainda estão sendo mapeados pelas equipes.

O conhecimento sobre as fraudes aconteceu após a Polícia Civil realizar operações em reservas estaduais, no Vale do Jamari, em 2017. Na região, os policiais identificaram e entenderam as formas de ilegalidades na concessão de licença.

*Matéria em atualização

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