Porto Velho – Preocupado com um problema que está afetando áreas de pastagens em todo o estado e prejudicando os produtores rurais o deputado federal Lúcio Mosquini (PMDB/RO) promoveu no último dia 14 de julho uma audiência pública para tratar do assunto.
Mosquini reuniu, no auditório da Superintendência Federal de Agricultura, em Porto Velho, representantes do Ministério da Agricultura, Embrapa, IFRO, Emater, Seagri, Idaron e Governo do Estado para discutirem a “Síndrome da Morte Súbita do Capim Braquiária”. O engenheiro agrônomo Alessandro Gois Orrutéa fez uma explanação sobre o tema.
“Uma das linhas de meu mandato é a defesa do produtor rural, portanto esta síndrome me preocupa e me motivou a organizar esta reunião com os órgãos competentes pra buscar soluções e evitar ainda mais prejuízo no campo”, afirmou Lúcio Mosquini.
A morte da forrageira – também chamada de “morte súbita” – vem ocorrendo principalmente em áreas de pastagens de Brachiária Brizantha, vulgarmente conhecidas como braquiarão ou brizantão, no Acre e norte do Mato Grosso, além de diversos municípios de Rondônia. Também chamada de Síndrome da morte da brachiária, ela ocorre principalmente no período das chuvas. As causas, segundo especialistas, são a mudança de uso da terra, o monocultivo do brachiarão e a degradação dos solos. Algumas características da região amazônica também favorecem a síndrome, como o grande índice pluviométrico e a baixa drenagem e permeabilidade dos solos.
Segundo dados da EMBRAPA, no estado do Mato Grosso, aproximadamente 2 milhões de hectares de pastagens apresentam algum tipo de mortalidade ocasionada pela síndrome.
“Esta doença está se alastrando e ninguém está tomando providências. Os produtores rurais com os quais tenho falado conhecem o assunto e estão preocupados”, afirmou Mosquini.
Ao final da audiência pública os órgãos competentes se comprometeram com o deputado Lúcio Mosquini em organizar uma força tarefa para buscarem soluções em curto prazo.
“O fato é que alguma coisa tem que ser feita em prol dos produtores. Da minha parte já fiz uma gestão junto ao Ministério da Agricultura e agora esta audiência pública. Estou à disposição de técnicos e produtores no que for preciso. Rondônia é o celeiro do Brasil e uma praga como esta não pode comprometer nossa produção”, concluiu Mosquini.