Foi registrada ocorrência policial nº 16E1005001202 referente a fato “doloso (consumado) que aconteceu no dia 26/01/2016 às 22h40, fato ocorrido no endereço: Rua Vinte e Quatro de Janeiro, 100, sede administrativa do SINDEPROF, Bairro Mocambo”, referente a recusa da diretoria do sindicato e comissão eleitoral de entregar cópia da ata com o resultado da apuração das eleições. Para o candidato a presidente da Chapa 02 Gilsomar Nascimento, o Acreano, “essa postura é mais uma atitude autoritária e antidemocrática da diretoria do SINDEPROF, que trancou o sindicato e impediu os filiados de assistirem a apuração dos votos”.
No Boletim de Ocorrência está registrada que “segundo Josemir acima qualificado afirma que houve eleição no SINDEPROF (Sindicato dos Servidores Públicos da Prefeitura PVH) e no término da apuração foi feito pedido por parte da Chapa 02 a cópia da ata lavrada e assinada. No entanto foi alegado pelo advogado do Sindicato que não tinha impressora e no dia seguinte pela manhã seria entregue. Contudo até a presente data 28/01/2016, às 18h15 ainda não foi fornecida a mesma, assim dificultando o pedido de impugnação da eleição.”
As eleições do SINDEPROF foram marcadas por denúncias ao Ministério Público do Trabalho (MPT) sobre várias medidas adotadas pela atual diretoria, presidida pela vereadora Ellis Regina, que caracterizariam práticas antissindicais. Entre os vários fatos denunciados destacam-se a publicação do edital de convocação das eleições, que deveria ser feita pela comissão eleitoral e foi a própria diretoria que publicou; manipulação da assembleia do dia 8 de janeiro em que não foi permitido o uso da palavra por nenhum filiado, apenas Ellis Regina falou, e a votação foi por aclamação sem contagem dos votos.
Com essas supostas manobras a diretoria atual elegeu todos os membros da comissão eleitoral, que passou a agir de acordo com os interesses de garantir a perpetuação da atual diretoria no poder. Além de todo o controle do processo eleitoral, de indicar todos os mesários, a Comissão Eleitoral adotou uma estratégia de coleta voto que privilegiou os locais que seriam mais favoráveis à chapa 01. Um dos absurdos praticados foi a colocação de urnas fixas em locais com menos de 20 votos, enquanto que na Maternidade Municipal e UPAs, unidades com mais de 200 servidores cada, houve apenas unas itinerantes por cerca de meia hora em cada local. Outra situação considerada como manobra é a realização das eleições no mês de janeiro, para evitar que os trabalhadores da educação, mais críticos, votem já que estão de férias.
Não bastasse isso, a Chapa 02 denuncia que houve irregularidades graves na Reforma Estatutária realizada pela diretoria em 2011, através de uma inexistente figura sindical de “assembleia com valor extensivo de congresso”, realizada através de várias assembleias setoriais, num período de aproximadamente 40 dias, cujos resultados teriam sido todos unânimes; mesmo com esse artifício a diretoria teria coletado apenas 576 assinaturas, quando seriam necessárias aproximadamente 1.400 para garantir o quórum de 1/3 exigido pelo próprio Estatuto. Ainda assim essa reforma foi registrada em cartório e serviu de base para a eleição realizada em 26.01.2016.