Defesa Civil do estado apoia prefeitura na remoção de famílias desalojadas em Porto Velho

 

O caminhão do Corpo de Bombeiros de Porto Velho está transportando mudanças e gêneros alimentícios de famílias dos bairros São Sebastião, Triângulo e Milagres, desalojadas pela cheia do rio Madeira.

“Embora tímido, o apoio da Defesa Civil do estado atende às necessidades do município”, disse nessa terça-feira (10) o diretor de Planejamento e Operações da Defesa Civil estadual, tenente-bombeiro Artur Souza.

Ele destaca também o reforço dessa corporação às operações do 5º Batalhão de Engenharia e Construção e da 17ª Brigada de Infantaria de Selva, em apoio ao vizinho estado do Acre. “O Exército transporta de Porto Velho para Rio Branco, pela rodovia BR-364, cestas básicas da Companhia Brasileira de Alimentos. Doamos combustíveis”, disse.

A cota do rio Madeira marcava 16,94m às 7h, dois centímetros a menos do que nessa segunda-feira (9), na medição feita às 17h pelo Setor de Hidrologia do Serviço Geológico Brasileiro (CPRM). Segundo a análise pluviométrica, choveu apenas 4,9 milímetros na segunda-feira, porém, do dia 2 até o dia 9 o acumulado alcançou 82,9mm, volume correspondente a quase a metade das chuvas de 15 dias em fevereiro, que totalizaram 190,1mm.

Para o tenente, a atual fase do rio transcorre sem muitas anormalidades. “A água que chegou ao [porto] Cai n’Água só alcançava o igarapé (no bairro Nacional), e agora sobe. Durante a vazão do rio, ocorre a descarga de águas servidas, e a drenagem inadequada causa o represamento”.

A Defesa Civil estadual está pronta para apoiar a prefeitura de Porto Velho no recebimento de famílias desalojadas nos distritos de Calama, São Carlos e Nazaré, na região do Baixo Madeira. Elas sairão nesta quarta-feira (11), no barco Deus é amor, da Secretaria Estadual de Assistência Social (Seas), rumo a abrigos organizados pelo município e por igrejas. A Seas e a Defesa Civil municipal também aceitam apoio voluntário de instituições, entidades e clubes de serviço dispostos a contribuir na manutenção de abrigos.

A cheia do rio Madeira este ano pôs lado a lado psicólogos, assistentes sociais e motoristas de caminhão para apoiar famílias desalojadas no Baixo Madeira e que começam a ser removidas para a Capital. O Serviço de Proteção em Situação de Calamidade Pública e de Emergência, órgão da Secretaria Municipal de Assistência Social, instalou uma unidade de acolhimento na Escola Municipal Hermelindo Monteiro Brasil, situada após a ponte do rio Madeira, na rodovia BR-319 (Porto Velho-Manaus).

“A instalação desse abrigo atende as famílias em situação calamitosa”, comentou o chefe do Serviço de Proteção, Maickey Martins Cardoso. Inicialmente, serão alojadas nesse local famílias dos bairros Panair e Balsa.

Texto: Montezuma Cruz

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