A corrupção no Brasil é endêmica e não há cristão no mundo que não se sinta indignado, principalmente na hora de pagar o imposto compulsório a esta nação. Os contumazes nesse ramo ilícito que aportaram no Congresso Nacional (Câmara e Senado), fiquem bem espertos porque a Polícia Federal, Controladoria Geral da União (CGU) e Ministério Público Federal (MPF) não estão mais utilizando lupas normais para investigar, talvez se utilizem do telescópio Hubble para acompanhar as Emendas Parlamentares, desde o pedido do prefeito, apresentação do projeto inicial, pagamento e execução das obras. O acompanhamento será “pari passu”. Como o velho Freud dizia que “O sujeito tem compulsão pela repetição dos seus erros”, àqueles que já realizaram uma “visitinha sob vara” ao DPF a atenção será redobrada, baseado nessa visão psicanalítica.
O Brasil precisa urgentemente acabar com essa onda de corrupção que causa indignação na maioria da população dando a sensação de que não vale à pena ser honesto. Todo santo dia tem uma denúncia na mídia nacional e a soltura dos acusados com poucos dias atesta a certeza da impunidade.
Cada deputado federal e senador têm direito a emendas no valor 15 milhões de reais – sem as emendas coletivas que são feitas pelas bancadas dos estados. O governo federal tem a responsabilidade pela execução dos recursos previstos.
Os recursos distribuídos atingem pequenos municípios, muitas vezes invisíveis aos olhos da máquina estatal. Ao mesmo tempo, as emendas funcionam para irrigar currais eleitorais dos parlamentares. E o governo federal, por sua vez, acostumou a usar a liberação dessas verbas como moeda de troca – a recompensa pela fidelidade de aliados. Esse, entretanto, não é o pior uso das emendas: com a fiscalização frouxa, a aplicação desses recursos por vezes abastece esquemas sórdidos de corrupção.