O Rio Acre na capital chegou a 17,68 metros na noite deste domingo (3), e já registra a terceira maior enchente desde 1971, quando o manancial começou a ser monitorado. Desde quinta-feira, 29, o rio se mantém acima dos 17 metros na capital. A maior cota registrada foi de 18,40 metros em 4 de março de 2015, quando houve a cheia histórica, quando mais de 100 mil pessoas foram atingidas.
O Rio Acre está a quatro centímetros de atingir a segunda maior cota registrada, que é de 17,72 metros.
Confira as máximas do Rio Acre na capital:
1º) 18,40m – 04 de março de 2015
2º) 17,72m – 03 de abril de 2023
3º) 17,66m – 14 de março de 1997
4º) 17,60m – 25 de fevereiro de 2012
5º) 17,11m – 17 de fevereiro de 1988
6º) 17,01m – 12 de março de 2014
7º) 16,90m – 26 de dezembro de 1978
8º) 16,86m – 04 de abril de 1974
9º) 16,72m – 21 de fevereiro de 2006
10º) 16,37m – 29 de março de 1979
A Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil, juntamente com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente vem fazendo esse monitoramento em todos os rios acreanos; Juruá, Envira, Tarauacá, Rio Iaco, Purus e a Bacia do Rio Acre. Na parte das cabeceiras desses rios, todos eles apresentam vazantes, segundo o coordenador da Defesa Civil Estadual, coronel Carlos Batista.
“Em Marechal Thaumaturgo, o nível do rio já baixou alguns centímetros, mas em Porto Walter e Rodrigues Alves, em Cruzeiro do Sul continuam em elevação. Na Bacia do Juruá, o Rio Moa continua subindo e ele joga muita água, principalmente para Cruzeiro do Sul. Nós estamos fazendo todo esse acompanhamento com o sistema estadual de Proteção e Defesa Civil, que são todas as secretarias no sentido de apoiar, reforçando essas ações junto às prefeituras e suas coordenadorias municipais de Defesa Civil”, disse.
Na bacia do Rio Acre; Assis Brasil, Brasileia, Epitaciolândia e Xapuri, o rio já deu o sinal de vazante e já está voltando na calha normal.
“Aqui em Rio Branco, nas últimas 24 horas, o rio tem subido em alguns momentos um centímetro por hora e atingiu a terceira maior cota na capital. Nós continuamos acompanhando, a previsão é de mais chuva nos próximos dias, mas esperamos que o rio estabilize e comece a dar sinais de vazante ainda na segunda-feira, 4. Mas, são apenas previsões. A estrutura da Defesa Civil Estadual está de prontidão total, dando assistência, como demos assistência nos 19 municípios em decretação na situação de emergência, e estamos agora com todo nosso poder operacional, principalmente de ação de assistência e resposta nesses municípios que o rio continua subindo, como é o caso da nossa capital”, enfatiza.
Com base nos dados de ocorrências disponibilizado pelo Corpo de Bombeiros Militar do Acre (CBMAC), nas 13 cidades mais críticas, há 83 abrigos públicos atendendo 9.049 pessoas desabrigadas. Além disso, há 15.826 pessoas desalojadas, ou seja, que foram para casa de familiares ou amigos.
Neste domingo, o governador Gladson Cameli, declarou situação de emergência em mais duas cidades do Acre devido à cheia dos rios no estado. Agora, o decreto nº 11.421 abrange as cidades de Manoel Urbano e Rodrigues Alves. Há uma semana, a emergência foi decretada em 17 cidades e agora esse número sobe para 19 das 22 cidades acreanas.
Agencia Acre