A greve dos motoristas e cobradores do transporte coletivo de Porto Velho durou menos de 72 horas e foi suspensa sem que os trabalhadores tivessem sequer, a proposta de reajuste salarial avaliada.
Orientada pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Transportes Urbano e com Característica de Metropolitano de Passageiros no Estado de Rondônia (Sitetuperon), a categoria decidiu por unanimidade cancelar o movimento e retomar o funcionamento normal do setor, que vinham funcionando com 80% no horário de pico e com metade da frota nos demais horários.
Mas a justificativa do sindicato para convencer a categoria a suspender o movimento chamou a atenção. Os diretores sindicais explicaram para motoristas e cobradores que não havia com quem negociar, ou seja, o sindicato iria sentar sozinho para uma negociação, já que as atuais empresas tiveram o contrato suspenso e a nova empresa que vai explorar o sistema ainda não foi homologada pela Prefeitura. “Neste momento o mais sensato seria o cancelamento da greve. Vamos adotar essa estratégia e continuar em busca de mecanismos que garantam nosso reajuste e principalmente a manutenção dos postos de trabalho”, disse Edilson Pereira, presidente do Sitetuperon.
A proposta do sindicato foi ratificada pelo vereador Márcio Pacelle (PSB), pelo deputado estadual Hermínio Coelho (PSD), que estiveram no encontro, além do apoio da CUT, representada pelo presidente Itamar Ferreira.
Agora, trabalhadores e lideranças sindicais vão em busca de apoio para a aprovação de um requerimento que será votado na Câmara no próximo dia 13, onde os vereadores pedem o cancelamento do ato que criou a licitação provisória.
Segundo o requerimento, o município descumpriu a lei orgânica, ao deixar de fora a casa de leis na elaboração do processo licitatório.
Ainda hoje, haverá uma segunda assembleia da categoria, mas o ato será apenas simbólico, para referendar o que já foi votado e decidido.