Porto Velho, RO – O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou, durante a 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, o lançamento do Arco de Restauração na Amazônia. O projeto, financiado pelo Fundo Amazônia, destinará R$ 450 milhões para a restauração de vastas áreas do bioma amazônico afetadas pelo desmatamento.
O edital, fruto da parceria entre o BNDES e o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), busca selecionar três organizações com experiência nas macrorregiões dos Estados do Acre, Amazonas e Rondônia; Mato Grosso e Tocantins; e Pará e Maranhão. O objetivo é promover a restauração de áreas impactadas, estimulando a regeneração da floresta.
Durante a COP-28, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou as ações do governo Lula no enfrentamento da crise climática e na liderança da descarbonização. O presidente ressaltou a importância do reflorestamento como resposta eficiente para a crise climática, capaz de sequestrar e armazenar carbono.
O comitê de avaliação, composto por representantes do BNDES, ministérios do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Estados e sociedade civil, será responsável por selecionar os parceiros aptos a executar as ações nas diferentes regiões contempladas pelo edital.
Além do Fundo Amazônia, o Fundo Clima também será utilizado, por meio de operações de financiamento com taxas reduzidas. O BNDES prevê a disponibilização de R$ 400 milhões do orçamento de florestas do novo Fundo Clima em 2024.
No contexto da COP-28, o presidente Lula reafirmou o compromisso do Brasil em zerar o desmatamento na Amazônia até 2030, destacando a necessidade de esforços adicionais para implementar as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) assumidas pelo país.
O projeto Arco de Restauração na Amazônia, alinhado às políticas públicas, visa recuperar 24 milhões de hectares de floresta até 2050, enfrentando os desafios do aumento do desmatamento observado nos últimos anos. O objetivo é criar um modelo sustentável, gerando até 10 milhões de empregos na região até 2050.
O Fundo Amazônia, anteriormente paralisado desde 2019, foi restabelecido durante o governo Lula, que buscou reverter retrocessos ambientais observados anteriormente. Sob a coordenação do MMA e gestão do BNDES, o fundo financia ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento, contribuindo para a conservação e uso sustentável da Amazônia Legal.
Com a recriação de grupos e a participação de representantes de diversos ministérios e governos estaduais, o Fundo Amazônia assume um papel crucial nas iniciativas de proteção ambiental no Brasil. O projeto Arco de Restauração visa promover uma transformação positiva, com investimentos previstos de aproximadamente R$ 200 bilhões nas próximas décadas.
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