Ariquemes sofre com a retenção de recursos do Governo Federal

 

Problemas nos repasses do Governo Federal à obras que beneficiam diretamente a população, trazem inúmeros transtornos para os municípios. Ariquemes também é um dos prejudicados, e entra neste contexto nacional, onde as dificuldades da União são transferidas para os gestores locais.

Atrasos nos repasses, dificuldades na liberação de recursos, queda do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) fizeram com que muitas prefeituras se adaptassem à crise nacional, levando a população a pagar o preço do desajuste nacional. Segundo a Confederação Nacional dos Municípios, não houve posicionamento do presidente interino da República, Michel Temer (PMDB), quanto à audiência ocorrida em Brasília, ainda no mês de julho, que contou com a presença de prefeitos de todo o país. Na pauta, condições financeiras para que pudessem concluir obras de seus mandatos.

Devido a retenções feitas por parte da União, obras federais não são construídas com a mesma agilidade de uma executada com recursos próprios. Neste ponto, até os procedimentos licitatórios são prejudicados. Muitas empresas não querem ou possuem receio de participar destas licitações, sabedoras da dificuldade de receber pagamentos de obras quando se trata do Governo Federal.

Matérias de importantes veículos de comunicação do país apontam dados preocupantes, sobre a paralização de obras do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC). Conforme a Folha de S. Paulo, são 2 mil obras de pequeno porte paralisadas, somando R$ 2 bilhões em investimentos que não chegam para concluí-las. O Estadão afirma que há 5 mil obras paralisadas de norte a sul do Brasil, com valores estimados de R$ 15 bilhões, e sem perspectiva de serem retomadas.  O Globo afirma que são 14,3 mil obras em risco de paralização, tudo por conta da dificuldade do Governo de cumprir com seus compromissos.

Em Ariquemes há também situações ocasionadas pela crise da União, que refletem diretamente na população. Como exemplo, obras de creches, licitadas pelo Governo Federal – com tecnologias só existentes no sul do país -, que já deveriam ter sido inauguradas, mas enfrentam problemas de repasses. Segundo informação da Prefeitura, o município doou o terreno e garantiu a terraplanagem, além da fiscalização, mas a execução depende de empresa contratada e dos recursos do Governo Federal.

 

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