Com o reajuste salarial firmado pelo governo federal com a Polícia Federal (PF) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF), algumas carreiras chegarão, em 2026, a um salário de R$ 41 mil — esse será o caso de delegados no fim da carreira. O menor valor após as correções será o de entrada na PRF, de R$ 12,2 mil.
As tratativas resultaram nos acertos de contas para seis cargos: delegado, perito criminal, agente, escrivão e papiloscopista, no caso da PF; e policial rodoviário federal. Os pagamentos serão escalonados, com começo em agosto de 2024 e fim em maio de 2026.
Saiba quanto cada cargo e categoria ganhará ao fim do reajuste, em 2026:
Delegados e peritos da PF: R$ 41,3 mil (especial), R$ 35,3 mil (primeira classe), R$ 30,8 mil (segunda classe), e R$ 27,8 mil (terceira classe).
Escrivães, agentes e papiloscopistas da PF: R$ 25,2 mil (especial), R$ 19,6 mil (primeira classe), R$ 16,7 mil (segunda classe), R$ 14,7 mil (terceira classe).
Policiais rodoviários federais: R$ 23 mil (teto) e R$ 12,2 mil (piso).
Para a secretária adjunta de Relações de Trabalho, Meri Lucas, o acordo é “o melhor possível” e encerra uma “longa jornada”. O Ministério de Gestão e Inovação ainda negocia com os agentes penais para realizar ajustes nos salários.
Apesar do resultado e meses de negociações, não foram todos os servidores que ficaram satisfeitos. Luciano Leiro, presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), reconheceu o “avanço significativo”, mas criticou a exclusão de algumas categorias.
“Lamentamos o fato dos servidores administrativos terem ficado de fora do acordo e que aumento da 3ª classe tenho sido inferior ao do Executivo geral, o que enfraquece o sentido de valorização uniforme da Polícia Federal”, afirmou.
Servidores descontentes
As críticas aos reajustes da PF e PRF são parte de uma situação mais complexa de descontentamento dos servidores públicos. Uma semana atrás, o Ministério de Gestão e Inovação propôs corrigir em 9% os salários dos servidores públicos e melhorar benefícios de alimentação e creche.
A sugestão do governo foi considerada insuficiente para os funcionários públicos. Outras insatisfações incluem uma normativa que endurece as regras para grevistas e uma possível reforma administrativa nos próximos meses.
Uma versão dessa reforma é de autoria do ex-ministro Paulo Guedes, que liderou a economia no governo Bolsonaro. Pela Proposta de Emenda à Constituição (PEC), seria possível acabar com a progressão automática de carreiras, abaixar salários e cortar férias acima de 30 dias.
Em uma alternativa estudada pelo governo Lula, seriam reduzidas de 150 para 30 carreiras do serviço público, incluindo algumas da Polícia Federal.
Metrópoles
Na próxima eleição não 👎 votaremos no Lula e aí teremos aumento pois quem vota contra tem aumento. Bacana.