Acir Gurgacz diz ter perdido várias noites de sono pensando em sua decisão

O congressista foi enfático: “Entendo que não teve crime de responsabilidade”

O senador Acir Gurgacz, do PDT de Rondônia, acabou votando a favor do impeachment da presidente definitivamente afastada Dilma Rousseff, do PT.

Com isso, fez o caminho contrário ao esperado, uma vez que, diversas vezes, se manifestado contra o impedimento de Rousseff, inclusive apresentando parecer favorável pela aprovação das contas da petista em dezembro do ano passado contrariando recomendação expedida pelo Tribunal de Contas da União.

“Estudei por três meses com vários técnicos do Senado, do Banco do Brasil, da Caixa Econômica, do BNDES, mestres de universidades públicas, todos servidores de carreira. Chegamos a uma conclusão, não tinha nada a ver com impeachment, na época. Então, tenho que manter minha coerência”, justificou.

Mas, segundo o próprio congressista, ‘trair’ sua aliada política teria lhe custado diversas noites de sono, conforme declarou ao jornal “O Globo”.

– Foi um voto muito difícil. Não perdi só uma, mas várias noites de sono pensando nessa decisão. Votei pela governabilidade e entendo que não teve crime de responsabilidade. Mas a sua volta poderia provocar um transtorno ainda maior para o País. Votei com a vontade do povo de Rondônia – disse o senador.

O parlamentar alegou que teve de optar pela governabilidade representando a vontade dos rondonienses.

Já ao G1, o empresário enfatizou que, na sua visão, a ex-presidente não cometeu crime de responsabilidade.

“Foi uma decisão muito difícil, mas importante para o nosso País. Eu entendo que não há crime de responsabilidade, mas falta governabilidade para a presidente voltar a governar o nosso país. A volta da presidente talvez causasse um problema ainda maior para a economia brasileira, que já não está bem”, afirmou o pedetista.

Impeachment

Dilma foi condenada sob a acusação de ter cometido crimes de responsabilidade fiscal – as chamadas “pedaladas fiscais” no Plano Safra e os decretos que geraram gastos sem autorização do Congresso Nacional, mas não foi punida com a inabilitação para funções públicas. Com isso, ela poderá se candidatar para cargos eletivos e também exercer outras funções na administração pública.

Três horas após o Senado afastar Dilma o presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros (PMDB-AL), deu posse na tarde da última quarta-feira (31) a Michel Temer no cargo de novo presidente da República.

 

Via Rondoniadinâmica

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