Acidentes com animais peçonhentos aumentam nos primeiros meses de 2023 na capital

População deve se prevenir e tomar cuidado para evitar ataques

Com o período chuvoso, comum em Porto Velho durante o primeiro semestre do ano, os acidentes envolvendo animais peçonhentos acabam sendo mais frequentes. Isso porque é nesta época que esses animais saem em busca de lugares secos para se abrigarem, aumentando a probabilidade de estarem presentes nas residências, principalmente em áreas próximas a matas, canais ou rios.

Comparando os meses de janeiro, fevereiro, março e abril de 2022 ao mesmo período de 2023, os casos de acidentes registrados quase dobraram. Nos primeiros 4 meses de 2022, foram registrados 52 casos, enquanto em 2023 foram 101 casos, segundo dados do Programa de Acidentes com Animais Peçonhentos da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa).

No ano passado inteiro foram registrados 128 acidentes envolvendo animais peçonhentos, e deste total 96 foram causados por serpentes.

Para evitar problemas, algumas recomendações devem ser seguidas de forma preventiva: é muito importante manter quintais e áreas próximas às residências sempre limpas sem o acúmulo de resíduos sólidos que possam servir de tocas ou atrair ratos, baratas e outros insetos que costumam ser predados por animais peçonhentos como escorpiões e cobras.

Animais menores como aranhas e escorpiões, podem ser retirados com o auxílio de uma vassoura ou qualquer outro instrumento que mantenha a pessoa longe do animal, para evitar risco de lesão. Caso sejam serpentes, o recomendado é que os órgãos competentes sejam acionados para o manejo.

O gênero bothrops, conhecido popularmente como ‘jararaca’, foi responsável pela maioria dos acidentes. Outro dado relevante é a predominância de casos na zona rural, representando 80% dos registros de 2022, o que reforça a importância do uso de equipamentos de proteção individual (EPIs) como caneleiras e luvas, principalmente nessas regiões.

ATENDIMENTO MÉDICO

Em casos de picadas por serpentes, é necessário se dirigir ao Centro de Medicina Tropical de Rondônia (Cemetron), referência em ocorrências com animais peçonhentos, para realizar o tratamento correto e especializado. Também é importante seguir algumas recomendações como lavar o local com água e sabão, não utilizar medicação no local da picada, tentar, se possível, registrar uma foto do animal ou levá-lo ao hospital, não fazer torniquetes, não sugar o local ou cortá-lo e não ingerir bebidas alcoólicas.

Via prefeitura

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