Ironia do destino e da legislação. Vamos resumir o assunto com os números, que são oficiais. Dos candidatos à deputado federal eleitos por Rondônia, o Coronel Chrisóstomo, do PSL de Jair Bolsonaro, não usou um só tostão do fundo partidário. Zero. Mariana Carvalho utilizou 2 milhões e 229 mil; Jaqueline Cassol, 2 milhões e 96 mil; Lúcio Mosquini, 1 milhão e 499 mil; Léo Moraes, 622 mil; Expedito Netto, 618 mil e 900 reais; Mauro Nazif 608 mil e 752 mil: Silvia Cristina, 160 mil e 353 reais.
Qual a ironia? É que, mesmo sem ter usufruído de um só centavo do Fundo Partidário, Chrisóstomo pode até perder seu mandato, exatamente por causa dele, do tal Fundo. É que o PSL rondoniense é um dos partidos que estão sendo denunciados na Justiça Eleitoral de ter utilizado laranjas para completar a cota de mulheres. Seria uma tremenda injustiça contra o Coronel, mas infelizmente, é a lei.
O TSE já decidiu que todos os eleitos pelos partidos que usaram esse subterfúgio, devem perder seus mandatos. Oito deputados estaduais também correm o risco de perderem seus mandatos. A decisão final em Rondônia começa a sair antes do final do ano.
Sérgio Pires