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Adesões no segundo turno e tom moderado deram vitória a Marcos Rocha em Rondônia

Chegada de Léo Moraes e Jaqueline Cassol deram a margem de ‘desempate’ que o governador precisava

Chegada de Léo Moraes e Jaqueline Cassol deram a margem de ‘desempate’ que o governador precisava

A população de Rondônia reelegeu no último domingo, 30.10.2022, Marcos Rocha (UB) para o segundo mandato, contrariando os prognósticos e pesquisas de opinião que davam vitória a seu adversário, Marcos Rogério (PL). Em comum a ambos, o bolsonarismo. A diferença é que Rocha é menos ‘fervoroso’ que seu adversário e isso foi fator fundamental para a vitória, aliada a duas adesões importantes no segundo turno, o deputado federal Léo Moraes (Podemos), terceiro colocado na disputa ao governo no primeiro turno, e a também deputada federal Jaqueline Cassol (PP), que disputou o senado.

A entrada de Léo Moraes no segundo turno foi decisiva para a vitória de Rocha, já que o deputado dialoga principalmente com a esquerda. No primeiro turno, o PT em Rondônia abraçou a candidatura de Daniel Pereira (SD), que tão logo acabou a votação, declarou apoio a Marcos Rogério, defensor ferrenho de Jair Bolsonaro, deixando a esquerda orfã e atordoada.

Rocha também contou com um time jurídico altamente especializado, um dos maiores escritórios de advocacia de Rondônia, a Camargo, Magalhães e Canedo, que obteve importantes vitórias no Tribunal Regional Eleitoral, garantindo tranquilidade para que a campanha pudesse se preocupar com outras questões.

Apesar de ter vencido, Marcos Rocha terá pela frente uma série de desafios, a começar pelo cumprimento de promessas de campanha, como a melhoria na segurança pública, industrialização e ampliação de políticas sociais. Apesar de Rondônia se considerar ‘um estado rico’, a região apresenta altos índices de desigualdade e a resistência de setores extrativistas, como madeireiros, garimpeiros e conflitos agrários.

Rocha foi eleito em 2018 embalado pela onda bolsonarista, teve um primeiro mandato complicado e a pandemia da Covid-19 dificultou ainda mais sua vida, já que ele teve que administrar os conflitos alimentados pelo presidente da República. A responsabilidade e o bom senso falaram mais alto e ele algumas vezes contrariou as orientações que vinham de Brasília. O ponto mais frágil de seu governo, porém persiste, a saúde pública.

O governador manteve como secretário de saúde o médico Fernando Máximo, que pode até entender de ser empresário de dupla sertaneja, mas de gestão hospitalar é um fiasco. Mesmo assim, usando e abusando da máquina pública com super-exposição na mídia local, conseguiu se eleger deputado federal mais votado no Estado. Rondônia segue com as dificuldades na saúde pública, e o ‘novo hospital João Paulo II’ é, de novo, promessa de campanha.

Que Marcos Rocha consiga cumprir suas promessas de campanha. Rondônia precisa.

 

Via BlogdoPainel

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