Porto Velho tem apenas sete por cento dos casos de malária do Estado, de acordo com informações do Ministério da Saúde, que aponta que com a redução drástica dos casos a capital passou a ter o Índice de Positividade Anual Baixo. Em 2012 existiam 15.600 casos; em 2013 houve uma redução para 8.900; em 2014 para 5.600 e no ano de 2015 foram diagnosticados apenas 2.907 casos. “A capital pela primeira vez na história, desde que iniciou o combate à doença, passou a ser baixo risco de malária. Estamos com menos de dez por cento. Com estes dados e muito trabalho, podemos afirmar que estamos no caminho certo”, ressaltou o secretário municipal de Saúde, Domingos Sávio Fernandes de Araújo.
O trabalho realizado pela Semusa consiste na busca ativa, tratamento focal e entomológico. “A Prefeitura realizou um grande trabalho de combate. Apesar da equipe pequena agimos com estratégia e trabalhamos com a entomologia, estudamos os hábitos do mosquito. A equipe da secretaria descobre os locais com surto, trabalham nas horas em que o ciclo do mosquito está mais ativo e localizam em que lugar está o criadouro. Assim reduzimos sessenta por cento da malária na área. Por exemplo, quando alguém é diagnosticado com a doença é feita uma pesquisa para saber onde a pessoa esteve nos últimos dez dias, pois às vezes o indivíduo é infectado em uma região e leva para outra”, explica Domingos Sávio.
A malária é transmitida de pessoa infectada a pessoa não infectada pela picada do mosquitos Anopheles. Com o diagnóstico rápido e tratamento, a pessoa picada deixa de ser transmissora.
Domingos ressalta ainda que mais importante do que eliminar o mosquito adulto é eliminar o mosquito em larva. “O fumacê foi criado para eliminar o mosquito, mas pode com o passar dos anos acarretar em problemas respiratórios. A secretaria também realiza a distribuição mosquiteiros impregnados com inseticida, como forma de proteção individual e familiar”, finaliza.
Por Rebeca Barca | Fotos Frank Néry
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