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Governo anuncia três estradas federais na Amazônia, mas rodovia ligando Rondônia ao Amazonas está fora

núncio de obras beneficia BR-317, BR-425 e Rota do Quadrante Rondon

núncio de obras beneficia BR-317, BR-425 e Rota do Quadrante Rondon

Porto Velho, RO – Em evento ocorrido no município de Tabatinga, Amazonas, a Ministra do Planejamento, Simone Tebet, anunciou a realização de três importantes obras viárias em rodovias federais que beneficiarão a região. No entanto, a emblemática BR-319 ficou excluída desses planos.

Enquanto o Amazonas aguarda ansiosamente pela reconstrução do trecho central da BR-319, Tebet destacou a execução de obras fundamentais para a região do Acre, estado natal da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que tem se posicionado contra a revitalização da BR-319.

As obras anunciadas fazem parte do projeto das chamadas rotas do “Quadrante Rondon”, essenciais para conectar o Norte do Brasil aos portos peruanos, proporcionando ao Acre uma rota estratégica para o Oceano Pacífico.

Segundo o Ministério do Planejamento, essa rota colocará o Acre como ponto crucial para o tráfego de cargas com o Porto de Chancay, no Peru, aliviando o congestionamento no Porto de Santos, em São Paulo.

Tebet detalhou as intervenções necessárias para a implementação da rota 3, denominada Quadrante Rondon.

“Para viabilizar essa rota, o Acre carece de três obras: a construção do contorno de Brasiléia, na BR-317, com edital de licitação previsto para maio; a edificação de duas pontes na BR-425, na divisa com Rondônia, com conclusão prevista para este semestre; e a construção da ponte de Guajará Mirim, com extensão de três quilômetros e custo estimado em R$ 430 milhões. Essa rota só se completa quando envolve Rondônia”, explicou Tebet.

A BR-317 conecta a capital Rio Branco à fronteira com o Peru, onde se transforma na rodovia Interoceânica, estendendo-se até o sul do país vizinho, estabelecendo uma conexão estratégica com o porto de Chancay, cuja entrega está prevista para o final deste ano por um consórcio chinês.

Com a operacionalização de Chancay, a estrada integrará a chamada nova rota da seda, uma via logística financiada por investimentos chinês e brasileiro para conectar os dois oceanos por via terrestre.

As outras obras mencionadas por Simone Tebet estão na BR-425, ligando Guajará Mirim, em Rondônia, à rodovia BR-364, que conecta Rio Branco a Porto Velho e se estende até São Paulo, importante centro consumidor dos produtos que serão transportados pela nova rota da seda.

Assim como a BR-319, as obras citadas por Tebet enfrentam desafios em trechos cruciais e estão inseridas no bioma Amazônia.

RELATÓRIO EM SIGILO

Desde 22 de fevereiro, o Ministério dos Transportes mantém em segredo o relatório final de um grupo de trabalho encarregado de avaliar os obstáculos para o licenciamento ambiental da BR-319.

Esse grupo realizou três audiências públicas em Brasília, Manaus e Porto Velho, contando com a participação de servidores do Ministério dos Transportes, mas sem representantes do Ministério do Meio Ambiente ou do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), responsável pelo licenciamento do trecho central da rodovia.

 

 

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