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Empresa aérea é condenada pela Justiça de Rondônia por violação de direitos em Porto Velho

Advogado afirma que não se trata de mero aborrecimento diante das ilegalidades praticadas

Advogado afirma que não se trata de mero aborrecimento diante das ilegalidades praticadas

Porto Velho, RO – A empresa aérea Azul Linhas Aéreas Brasileira S.A. enfrentou uma condenação judicial por desrespeitar os direitos de uma pessoa idosa com deficiência e uma criança autista durante uma viagem com conexão em Porto Velho.

De acordo com os registros do processo, os passageiros foram surpreendidos com a informação de que seriam remanejados para Brasília durante a conexão.

Essa mudança inesperada resultou em desconforto adicional devido a um novo voo e perda de tempo útil para os passageiros.

Além disso, mesmo tendo adquirido assentos preferenciais, os passageiros foram acomodados em assentos comuns ao fundo da aeronave, sem receberem o desembarque especial solicitado.

Em um dos aeroportos, apesar das restrições comunicadas à empresa aérea previamente, os passageiros tiveram que caminhar por mais de vinte minutos, inclusive carregando a criança autista.

A situação se agravou quando os passageiros não receberam refeições adequadas durante o voo, que se estendeu das 12h às 22h30, excedendo o horário previsto de chegada em cerca de cinco horas.

Para piorar, ao chegarem ao destino final, as bagagens dos passageiros estavam danificadas, tornando-se inutilizáveis.

A empresa foi condenada a pagar uma indenização de R$ 8.000,00 aos passageiros, como determinado pela juíza Juliana Paula Silva da Costa Brandão, da 5ª Vara Cível de Porto Velho.

A magistrada ressaltou a gravidade do caso, considerando não apenas uma violação ao direito do consumidor, mas várias delas, levando em conta as condições especiais da criança e da idosa envolvidas.

Apesar das questões levantadas, a empresa aérea se recusou a apresentar qualquer proposta de acordo, alegando que se tratava apenas de mero aborrecimento.

O advogado das partes, Vinicius Valentin Raduan Miguel, afirmou que a violação de direitos humanos não pode ser minimizada como um simples aborrecimento e destacou a importância de as empresas cumprirem as normas de acessibilidade e inclusão.

Vinicius Miguel, advogado do caso, já esteve envolvido em outras questões semelhantes, incluindo o caso de um autista adulto que foi impedido de embarcar.

Apesar do pedido de comentário sobre a “crise aérea” em Rondônia, o advogado preferiu não se pronunciar sobre casos em abstrato, enfatizando a necessidade de observância das normas de acessibilidade e inclusão por parte das empresas.

 

 

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