Nova fronteira do agronegócio: queimadas provocam emergência ambiental em Rondônia, Acre e Amazonas
Cinco entre os dez municípios com maior número de incêndios estão na região do Amacro
Cinco entre os dez municípios com maior número de incêndios estão na região do Amacro
O atraso no período de chuvas (Inverno Amazônico), que inicia no final de agosto e início de setembro está favorecendo o aumento das queimadas levando o Governo do Amazonas a decretar situação de emergência ambiental. O ato envolve municípios do Sul do Estado e também da região Metropolitana de Manaus.
Secretários municipais preocupados com o aumento das queimadas e falta de melhores condições de combate-las pressionaram o governo estadual para publicação do decreto, devido as precárias condições para combate-las e também denunciaram omissão do governo federal.
Os focos de incêndios aceleraram desde julho último e foram constatados mais de 4 mil até a primeira quinzena de setembro. O Ibama alega não ter condições legais de agir, pois a área estaria fora da jurisdição federal.
Segundo o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), o Amazonas lidera o número de incêndios, seguido do Pará e Mato Grosso. Cinco cidades do Amazonas (Novo Aripuanã, Lábrea, Humaitá, Apuí e Manicoré, região conhecida como Amacro estão entre os dez municípios com maior número de queimadas na primeira quinzena de setembro.
Porto Velho município maior que alguns Estados e muitos países, também localizado na região da Amacro (a nova fronteira de expansão do agronegócio na divisa do Acre, Mato Grosso e Rondônia), está em segundo lugar em número de incêndios, perdendo somente para Altamira, no Pará.
Na matéria publicada pela “Folha de S. Paulo”, o procurador de Contas do Amazonas, Ruy Marcelo fez um alerta. “Não adianta muito falar em milhões em multa se os ilícitos não forem efetivamente evitados e contidos e as áreas não forem reflorestadas. Por isso, as ações tanto de controle quanto de indução ao desenvolvimento precisam ser estratégicas e integradas”.
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