Confúcio defende investimento na formação de líderes partidários
Ele ressaltou projeto de lei de autoria dele, em tramitação no Senado, que propõe estabelecer cotas femininas no Poder Legislativo
Ele ressaltou projeto de lei de autoria dele, em tramitação no Senado, que propõe estabelecer cotas femininas no Poder Legislativo
O senador Confúcio Moura (MDB-RO) defendeu, em pronunciamento no Plenário nesta segunda-feira (21), a importância dos partidos políticos para a democracia do país. Ao fazer uma comparação com outros países, o senador mencionou a prática de destinar parte dos recursos do fundo partidário para a formação e preparação de líderes dentro dos partidos. Segundo ele, é essencial para o fortalecimento da democracia e para a preparação de futuras lideranças. Para o parlamentar, “cada partido tem que ter um estatuto, que todos os seus filiados devem conhecer.”
Confúcio destacou a trajetória do partido dele, o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), com mais de 50 anos de história, e enfatizou as discussões internas que buscam encontrar formas de abrir espaço para a maior participação de mulheres e jovens na política. Ele ressaltou projeto de lei de autoria dele, em tramitação no Senado, que propõe estabelecer cotas femininas no Poder Legislativo (PL 2.716/2022).
— Eu apresentei um projeto no qual coloquei o seguinte: é meio a meio! Se tem 81 senadores, metade tem que ser mulher e metade homem. Por que não? É como se fosse uma lei de cotas. A mulher é maioria no eleitorado brasileiro, então ela tem espaço, se quiser participar da política […] Nós estávamos conversando lá em São Paulo sobre esse assunto, de como retomar o partido, modernizar o partido, abrir as portas do partido para as mulheres brasileiras, abrir a porta do partido para a juventude — disse.
O parlamentar lembrou a líder quilombola conhecida como Mãe Bernadete, assassinada a tiros no quilombo Pitanga dos Palmares, na Região Metropolitana de Salvador, na noite da última quinta-feira (17). Confúcio enfatizou que o governo precisa encontrar uma solução para os conflitos de terra pela demarcação de territórios para evitar mortes.
— O Estado é lento, o Estado é preguiçoso, não resolve o problema da demarcação dos territórios quilombolas, que não são muitos no Brasil, e fica nesse jogo, nessa burocracia do Incra sem fim. O governo tem que encontrar um mecanismo rápido, senão muitas mortes ocorrerão sucessivamente e nós vamos ficar aqui, fazendo discurso de pesar, e nada se resolve — concluiu.
Fonte: Agência Senado