Semtram afirma que obras não vão atrapalhar o funcionamento o terminal, que funcionará em fase de testes. As obras custaram em torno de R$ 250 mil, segundo a prefeitura.
A festa de entrega do terminal de integração de ônibus de Porto Velho ocorreu na manhã desta quinta-feira (30), conforme a previsão da Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte (Semtran). A obra porém, ainda não foi finalizada. E tudo indica que ainda vai demorar. Em meio aos veículos transportando os passageiros, máquinas e operários tentavam finalizar o asfalto, trabalhadores varriam para retirar os entulhos deixados. Mas de acordo com o secretário da pasta, Antônio Jorge dos Santos, era preciso levar autoridades, passageiros e a imprensa ao local para dar início a fase de testes.
“Hoje não é inauguração. É que nós precisávamos, justamente para que a inauguração se dê de forma definitiva, adequada, precisávamos dessa fase de testes. Esse espaço não foi concebido para ser um terminal de ônibus. Então na medida em que nós adequamos um espaço que estava morto, acabado, esquecido, destruído pela cheia, nós adequamos a vinda do terminal para cá. Então, essa nova realizada causou um novo impacto, que só pode ser estudado com o funcionamento. Por isso é necessário essa pré-inauguração”, explica o secretário da Semtran.
Pelo terminal já circulam cerca de cinco linhas de ônibus que, segundo o secretário, não interferem ou prejudicam a finalização do serviço. “Nada impede que o início da fase operacional comece. E nesse meio tempo os técnicos já estão observando o funcionamento dos veículos. Serão cerca de 15 dias de testes”, garante o secretário.
“A prefeitura fez uma obra em uma área que mais de 6 mil metros de empreendimento saiu na faixa de 250 mil reais. Nós temos primeiro que fazer o teste de operacionalização. Eu lembro que minha primeira campanha de prefeito foi em 2000, e tivemos que esperar 16 anos para ver entregue esse terminal de integração. Nós tivemos eu demolir todo o prédio e existia a questão da enchente voltar, e isso foi até meados de 2015.
Na parte da frente do terminal, o asfalto recém-colocado ainda grudava nos pés que passava no local. O piso está irregular, as faixas em alto relevo (piso podotátil) ainda não foram fixadas, o gradeamento para separar o espaço do terminal ainda nem foi iniciado, dentre vários outros serviços que ainda não foram concluídos ou sequer iniciados. “É uma obra eleitoreira. Todo mundo sabe e eles tentam enganar. É mais uma novela de Porto Velho que já tem viadutos, rodoviárias e buracos. Tudo é por causa da campanha que já vai começar. Não acredito nem que vai ser finalizada. É tudo para enganar o povo”, desabada o aposentado Dirceu Rodrigues, morador próximo do terminal que foi verificar a entrega da obra.
Apesar de concordar que a obra não deveria ter sido entregue às pressas, o segurança Edmilson Oliveira gostou da iniciativa. “Acho que é uma boa obra, que realmente trás benefício para a população, mas tem que melhorar. Não tem lixeira, por exemplo. Deveria ser concluída para entregar para a população. Nada é inaugurado pela metade”, diz. O barbeiro Deivid Lucas vislumbra o benefício para os comerciantes do entorno. “A obra beneficiar também os comerciantes da região pelo fluxo de pessoas. É um avanço que pode melhorar, mas eles querem entregar logo por questões políticas”, argumenta.
O terminal continuará em obras e em fases de testes ao mesmo tempo. Segundo o Consórcio do Sistema Integrado Municipal de Transporte Coletivo, a empresa vai se adequar para oferecer o melhor serviço para os passageiros.
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