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Bancários realizam assembleia geral para decidir sobre greve

Os sindicatos dos bancários de todo o país, atendendo ao chamado do
Comando Nacional, realizam assembleias, nesta quinta-feira (1º), para
deliberar sobre a proposta apresentada pela Federação Nacional dos
Bancos (Fenaban), na última rodada de negociação, no dia 25 de
setembro, em São Paulo.

Em a acontece a partir das 17 horas na sede
do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de
Rondônia (SEEB-RO), situado à Rua Gonçalves Dias, nº 110, ao lado da
Só Cópias, Centro de Porto Velho.

A Fenaban ofereceu 5,5% de para salários e demais cláusulas
econômicas. O índice está muito abaixo da , que ficou em 9,88%
(INPC) em agosto deste ano, e significa perda real de 4% para os
salários e demais verbas. A proposta dos patrões inclui ainda abono de
R$ 2.500,00, não incorporado ao salário.

Diante do retrocesso proposto pelos bancos e do desrespeito
apresentado pelos banqueiros nas mesas de negociações, o Comando
Nacional dos Bancários indica rejeição da proposta e aprovação de
greve a partir do dia 6 outubro.

“Nas reuniões que fizemos e nas manifestações da última terça-feira,
adiando o atendimento nos bancos, ficou comprovado que os bancários
estão insatisfeitos com essa proposta desrespeitosa dos bancos e a
tendência de sua rejeição está forte em todo o país, a exemplo de
Brasília, Roraima e Porto Alegre, que já fizeram assembleia geral no
dia de ontem, e já decidiram pela greve. Por isso esperamos uma
assembleia cheia, com a participação maciça dos bancários para dizer
um ‘não’ a essa afronta dos bancos que, novamente, se importam apenas com os lucros, e não com o ser humano”, menciona José Pinheiro presidente do SEEB-RO.

Somente os cinco maiores bancos (Banco do Brasil, Econômica
Federal, Bradesco, Itaú e Santander) tiveram mais de R$ 36 bilhões de
lucro nos seis primeiros meses de 2015, um crescimento de 27,3% em
relação ao mesmo período do ano passado. Setores que estão em crise,
com retração de produção e vendas, fizeram propostas melhores aos seus empregados.

O Comando Nacional dos Bancários ressalta que desde a entrega da
minuta, em 11 de agosto, aguarda que a Fenaban faça uma proposta que contemple o reajuste do salário dos bancários pela inflação do período acrescido de um ganho real que valorize os trabalhadores, além de outras reivindicações. Os representantes dos bancários enviaram carta à Federação dos Bancos, ontem, quarta-feira (30), reforçando que estão abertos a ouvir propostas neste sentido.

Principais reivindicações da categoria

* Reajuste salarial de 16%. (incluindo reposição da inflação mais 5,7%
de aumento real).

* PLR: 3 salários mais R$7.246,82.

* Piso: R$3.299,66 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores
de junho último).

* Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá:
R$ 788,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

* Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do
assédio moral que adoecem os bancários.

* Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e
combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15
no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que
coíbe dispensas imotivadas.

* Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.

* Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois
vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários,
conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de
metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas.
Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves
por funcionários.

* Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na
ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais
e pessoas com deficiência (PCDs).

Fonte: Assessoria

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