Na entrevista exclusiva concedida ontem ao FOLHA DO SUL ON LINE (leia a segunda parte ainda hoje), o delegado da Polícia Federal em Vilhena, Flori Cordeiro de Miranda Júnior, revelou ter feito ao Tribunal Regional Federal da 1º Região, em Brasília, dois pedidos para investigar o prefeito Zé Rover (PP).
Em virtude do cargo ocupado pelo alvo da investigação, que tem prerrogativa legal de foro, apenas a Corte federal pode autorizar o procedimento.
O delegado disse que há indícios de ilegalidades contra o mandatário vilhenense, mas preferiu não dar detalhes. Explicou, no entanto, que as autorizações solicitadas ainda não foram dadas e antecipou: “No momento em que o prefeito passar a ser investigado, ele será tratado como um cidadão comum”.
Interceptações telefônicas feitas com autorização da justiça teriam flagrado conversas comprometedoras de Rover, o que justificaria a abertura do inquérito contra ele.
Flori disse que, caso o TRF atenda os pedidos, o afastamento de Rover do cargo não é automático. Ele só será “tirado de circulação” se houver provas de que está atrapalhando, de alguma forma, as investigações contra sua administração.
Por essa expressão “tirado de circulação”, entende-se que o líder vilhenense poderá ser, inclusive, preso. Mas, reforça o delegado, tal pedido só será feito se ficar comprovado que Rover interfere, de alguma forma, para dificultar o trabalho da Polícia Federal.
O delegado informou que aguarda apenas a decisão da justiça federal para dar início às apurações envolvendo o líder vilhenense. A expectativa é que a autorização seja dada nos próximos dias.
Fonte: Folha do Sul