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Caerd vai colocar presidiários para fiscalizar os consumidores em Rondônia

Cerca de 60 detentos do sistema prisional de Rondônia iniciaram na segunda-feira (23), no auditório da Estação de Tratamento de Água (ETA) da Companhia de Água e Esgoto e Rondônia (Caerd), em Porto Velho, treinamento para atuarem no apoio às equipes de campo da Companhia no trabalho de fiscalização, ligação e corte do serviço de distribuição de água.

Os treinandos foram recepcionados por uma equipe da direção da Caerd, liderada por sua presidente, Iacira Terezinha Rodriguez Azamor, que deu as boas-vindas a todos. Ela falou da importância do papel do Governo no processo de ressocialização dos apenados do Estado, destacando a formalização do Termo de Cooperação firmado entre a Caerd e Secretaria de Justiça (Sejus), que permite simultaneamente a prestação de importante serviço à comunidade e uma ação decisiva e de alcance para o grupo envolvido, como medida de Estado para a reinserção social, entendimento de João Bosco Costa, secretário adjunto da Sejus.

Ao todo 60 apenados passarão pelo processo de capacitação, mas nesta primeira fase apenas 30 serão absorvidos e integrarão, sob supervisão, as equipes de fiscalização da Companhia que atuam atualmente no projeto de controle de perdas da empresa. Segundo a presidente este projeto visa objetivamente conter uma série de ações ilegais de usuários, como fraudes, “gatos” e religações clandestinas que causam um prejuízo mensal de mais de R$ 1 milhão aos cofres da Companhia.

De acordo com a diretoria da Caerd, são milhares de usuários em débito ou que fraudam o sistema de distribuição de água com a auto religação, situação que tipifica crime e que justifica a adoção do projeto, que conta inclusive com uma delegacia de polícia móvel (ônibus). Segundo a presidente Iacira Terezinha, este não é um problema localizado de Porto velho, e por isso a ideia é expandir as ações deste projeto para alcançar usuários em situação idêntica por todo Interior do Estado.

Importa esclarecer que o conjunto das medidas deste projeto atende a uma exigência legal da diretriz nacional do sistema prisional (penitenciário) que visa a reinserção social do apenado, ao mesmo tempo que abre um canal de negociação com o usuário (cidadão) em débito com a Companhia, que prevê um desconto de nada menos de 100% do valor das multas. O usuário pagará tão somente pelo consumo, não importando o tempo de atraso de suas faturas, e ainda poderá parcelar o débito em até 48 vezes.

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