Prefeito reafirma posição da gestão frente às empresas de transporte coletivo
O prefeito de Porto Velho, Mauro Nazif, participou do programa Bronca Livre, transmitido pela TV Allamanda, onde foi entrevistado pelo jornalista Edielson Souza e respondeu também à perguntas da população. Três principais assuntos foram abordados: a questão do transporte coletivo, das obras que estão em andamento e da iluminação pública.
O prefeito disse que, há muitos anos, o transporte público ofertado em Porto Velho não tem atendido a população com boa qualidade no que se refere ao estado dos ônibus, à demora nos horários, falta de acessibilidade para idosos e deficientes e em outros itens.
Afirmou que muitas reuniões foram feitas com os empresários na procura por melhoria nos serviços, mas as empresas não mudaram em nada a forma de operar o sistema. Disse também que por mais de dez anos as empresas não têm recolhido o pagamento de ISS, quando todas as empresas da cidade são obrigadas a pagarem seus impostos. “Qual a justiça nisso? Será que a Prefeitura deve proteger empresas sonegadoras ou proteger a população contra a oferta de maus serviços? Muitas reuniões foram feitas, mas não foram apresentadas propostas de melhorias. Mediante essas questões e a insatisfação popular com os serviços a Prefeitura recorreu à Justiça para pedir a caducidade dos contratos. As empresas tiveram tempo para se manifestar e apresentar defesa, no entanto, ao contrário disso, pleitearam na Justiça o reajuste de tarifas de dois reais e sessenta para três reais e vinte centavos”, explicou Nazif.
Também foi esclarecido no programa que os trabalhadores das empresas de transporte coletivo serão absorvidos no caso da entrada de outras empresas. “Para uma nova empresa será mais adequado trabalhar com pessoas que já conheçam o sistema. Atualmente, as empresas possuem cento e sessenta e oito ônibus, mas a Prefeitura trabalha para a ampliação da frota em pelo menos duzentos ônibus, isso significa que haverá ainda maior absorção de mão de obra para esse setor”, destacou.
Entre outras coisas ditas sobre o assunto, pontuou que o chamamento de novas empresas começa a correr a partir de agora pelos próximos 60 a 70 dias, que empresas de muitas regiões já manifestaram interesse em trabalhar em Porto Velho e que foi feito um acordo na Justiça para que não ocorra paralisação, mas que caso isso ocorra a Prefeitura poderá assumir as empresas para não deixar o povo sem transporte. Disse não tratar-se de perseguição política ou de outro tipo, mas apenas da cobrança para que a população receba melhores serviços e pediu à população para não comprar, por enquanto, créditos para o cartão Leva-Eu, pois se trata de um momento de mudanças e novas adequações poderão ser feitas.
Sobre iluminação pública, Nazif comentou que quando assumiu a Prefeitura o Tribunal de Contas do Estado recomendou o fechamento da Emdur, mediante as dificuldades que se apresentavam, mas a Prefeitura conseguiu sanear a empresa e recolocá-la devidamente em funcionamento. “Durante nove meses não pudemos trocar uma lâmpada na cidade”, explicou, informando também que o presidente da Emdur realizou uma reunião com os presidentes de bairros, pedindo a eles que mostrassem quais pontos precisavam ser recuperados. “A partir disso, todos os bairros da cidade têm sido visitados. Temos oito bairros na cidade que não possuem rede elétrica, mas isso está sendo providenciado numa ação conjunta entre Semur, Semtran e Eletrobrás. Nesse tempo de inverno muitas lâmpadas queimam diariamente, por isso, muitas vezes, há reclamações da população, mas a Emdur está à disposição de todos pelo serviço de Telefone 0800. É só ligar que uma equipe da Emdur se dispõe a atender”, informou.
Sobre o estado das ruas, destacou que a Prefeitura possuía cinco máquinas e hoje tem cerca de duzentas. Disse que as principais obras que estão sendo realizadas são os serviços de macro-drenagens, com os quais diversos bairros estão sendo atendidos. “Não vamos fazer asfaltamento sem que antes façamos os trabalhos de drenagens. Só no Marcos Freire há onze ruas sendo trabalhadas. Algumas obras estão paradas por causa das fortes e constantes chuvas que têm caído, mas em breve serão retomadas. Temos muitas empresas interessadas em trabalhar com a Prefeitura, porque não há esquemas de propina e preferências, ganha a licitação quem demonstrar capacidade para fazer os serviços com qualidade e com preços realistas. Todas são pagas, assim que apresentam os serviços concluídos, mas, por outro lado, também não admitimos maquiagens e as obras devem ser realizadas em conformidade aos projetos”, enfatizou.
Por Renato Menghi | Fotos Medeiros