Jiparanaense morre em confronto com policiais durante operação contra exploração em garimpo
Cerca de mil a duas mil pessoas já circularam no garimpo, segundo autoridades
Cerca de mil a duas mil pessoas já circularam no garimpo, segundo autoridades
Uma pessoa morreu em confronto com policiais do Batalhão de Operações Oficiais (Bope ) e federais na tarde desta segunda-feira (7), na 2ª fase da ‘Operação Trype’ no garimpo ilegal do município de Aripuanã, a 976 km de Cuiabá. Cerca de mil a duas mil pessoas já circularam no garimpo, segundo autoridades.
Logo pela manhã, a Polícia Federal confirmou a morto do garimpeiro Moisés de Almeida. Ele residia em Ji-Paraná e trabalhava com pinturas aqui na cidade.
De acordo com a PF, a operação tem objetivo de cessar as atividades no grande garimpo ilegal no município. Não há, inicialmente, mandados de prisão contra garimpeiros.
Segundo as investigações, além do impacto ambiental na região, o garimpo ilegal estaria causando grande devastação social no município com aumento do índice de homicídios, tráfico de drogas, prostituição e outros crimes.
Cerca de 160 policiais e também de servidores do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama) e Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) atuarão na área durante toda semana.
A ação contou com apoio de forças de segurança do Estado de Mato Grosso.
O garimpo
Há quase um ano o garimpo ilegal atrai aventureiros e curiosos em busca de ouro na região de Aripuanã. A situação já foi alvo de investigação da Polícia Federal em 2018 e reuniu autoridades, no entanto, a exploração continuava sem qualquer tipo de controle.
A área explorada ilegalmente registrou acidentes, soterramentos, mortes e assassinatos ao longo de quase um ano.
A Polícia Civil de Aripuanã disse, em junho deste ano, que o garimpo reúne cerca de 2 mil pessoas. Já a Prefeitura de Aripuanã calcula que são cerca de mil pessoas. A concentração de pessoas de fora da cidade provocou um aumento no fluxo do hospital da cidade, além de aumento no índice de crimes.
A invasão da propriedade, que é da União, começou em novembro de 2018. Desde então as autoridades, como Ministério Público Federal, governo estadual e federal, tentaram soluções e fizeram diversas reuniões.
As autoridades debateram, inclusive, os danos ambientais causados na área. À época o então Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) determinou que os invasores deixassem o garimpo.
A instalação de uma mineradora na cidade também causou impactos em Aripuanã.
comando190.com.br