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Servidores ameaçam fazer greve contra a reforma da Previdência

Em artigo publicado no Valor Econômico, o diretor da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef/Fenadsef) Pedro Armengol de Souza anuncia que servidores públicos se unirão às centrais sindicais em greve agendada contra a reforma da Previdência.

Em artigo publicado no Valor Econômico, o diretor da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef/Fenadsef) Pedro Armengol de Souza anuncia que servidores públicos se unirão às centrais sindicais em greve agendada contra a reforma da Previdência.

 

“Nós do setor público vamos nos engajar com outras categorias na greve geral convocada pelas centrais sindicais para o dia 14 de junho. Não há conforto para ninguém neste momento, todos nós estamos ameaçados. É hora de unir os trabalhadores do campo e das cidades em defesa de um dos maiores bens que temos que é o direito a uma aposentadoria digna. Não vamos abrir mão disso.”

Vinte anos sem investimento

Aprovada no final de novembro de 2016, durante governo Temer, a Emenda Constitucional (EC) 95/16 congela investimentos públicos por até 20 anos. Não há no mundo precedente para duas décadas de uma política de austeridade dessa amplitude. As consequências já estão sendo sentidas com cortes bilionários em setores estratégicos ao Brasil. Somado a venda de estatais importantes e que geram desenvolvimento ao País, o cenário futuro é preocupante.

“Pensemos nos servidores que prestam atendimento à saúde, na tarefa de formar dos professores, nos servidores que promovem o controle e combate a endemias, muitos arriscando a vida em trabalhos insalubres”, propõe Sérgio, secretário-geral da CONDSEF. Na lista ainda podem ser citados servidores que se arriscam para garantir fiscalização no trabalho, para assegurar o cumprimento de leis, no combate à exploração de outros trabalhadores, na defesa do meio ambiente e também na fiscalização de nossas receitas, no combate à sonegação que só em um ano nos deixou com menos R$500 bi no orçamento, naqueles que atuam na agricultura, no controle sanitário, nos transportes, na segurança, enfim, na implantação de políticas públicas que melhorem a vida dos brasileiros. A lista é ampla, assim como também é amplo o Brasil.

“O serviço público está não só em nosso cotidiano de muitas formas, mas também em momentos de grande emergência para o conjunto da sociedade”, lembra Sérgio. “Devemos defender o setor público, pois pagamos impostos para que a União nos devolva em serviços que são também um direito de todos nós”, defende Sérgio. Por isso, a Condsef/Fenadsef volta a alertar que pensar a administração pública como mera burocracia, como apenas “gasto” e não como investimento, é negar aos brasileiros a possibilidade de um País desenvolvido.

Fonte: Valor Econômico

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