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Hospital de Base serve 178 mil refeições no primeiro trimestre do ano, controla qualidade de alimentos e agrada pacientes em Porto Velho

Uma técnica em nutrição e uma copeira acompanham cada carrinho rumo às 18 clínicas. As refeições chegam também aos setores fechados (UTIs e centro cirúrgico), cujos profissionais não podem ir ao refeitório.

 

Katielly Baptista da Silva, 15 anos, de Ji-Paraná, em recuperação da cirurgia de coluna, recebe a bandeja das mãos da nutricionista Darfle Máximo, na Cirúrgica 3. Elogia o alimento, o lanche da tarde e a janta. Késia, irmã dela e acompanhante, também apreciou a comida.

Com escoliose (*), ela internada há dez dias, submeteu-se a cirurgia de coluna e vem sendo cuidada pelas irmãs Késia e Kely, que se revezam dia e noite. “Quando eu sair quero voltar a estudar”, diz. Katielly cursa o 1º ano do Ensino Médio.

Quatro pessoas estão na Cirúrgica 3, uma senhora olha para a comida, sorri, mas não degustará um só potinho de verdura, porque está em dieta zero desde a noite anterior, para se submeter também a cirurgia de coluna.

“A polenta está gostosa, o molho também”, comenta o paciente Flaviano Nogueira Fidélis, 27, sentado à cama. Arroz, feijão, carne moída, polenta, salada picada e suco de abacaxi lhe foram servidos.

Com dois tumores e coágulo no lado direito do cérebro, Fabiano fez cateterismo. Está hospitalizado desde o dia nove de abril. “Eu digo que essa comida é tão boa ou melhor que a de casa”, elogia.E quando a pessoa não gosta ou quer repetir? A nutricionista Darfle explica: “Anotamos, substituímos algum alimento que a pessoa não queira, e dentro da necessidade, acrescentamos, tudo sob controle”.

SEIS VEZES AO DIA

Seis refeições por dia, nove nutricionistas, cardápios diferenciados e satisfação dos pacientes. Bandejas são identificadas com nomes de pacientes, idade e prescrição da dieta.

Assim, o Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro move a alimentação de sua clientela e dos próprios servidores.

Às 11h, o computador que substituiu o antigo vale-refeição registra os servidores na entrada do refeitório, que funciona até 14h.

“Hoje, o Serviço de Nutrição do HB é referência”, diz a diretora-adjunta do HB, Joelma Sampaio. “Além dos pacientes de Porto Velho, do interior de Rondônia, de estados e países vizinhos, a equipe também acompanha o pós-cirúrgico de cirurgias bariátricas”.

Mães e bebês internados no Projeto Canguru [enfermaria especializada para gestantes com gravidez de alto risco]; crianças da oncopediatria; servidores e acompanhantes, cada qual têm patologias que exigem tipos diferenciados de refeição.

Fórmulas infantis chegam diariamente ao Hospital Cosme e Damião: 1,5 mil em copinhos dosadores e por sonda. A cada mês o serviço produz 1,7 mil porções de 300 ml de dietas enterais e 1,8 mil suplementares, de 200 ml [para baixo peso e debilitados].

ATENDIMENTO DIOTERÁPICO

“Aqui, a grande maioria sai satisfeita, porque nós fazemos de tudo para atender da melhor maneira”, diz a nutricionista Mariana Lorenzetti. Ela cuida da produção de refeições aplicando a experiência de dietas especiais durante dez anos, no Hospital João Paulo II.

De setembro do ano passado a fevereiro deste ano, totalizou 1.393 a média de pacientes admitidos mensalmente e assistidos. A média da triagem nutricional é de 750/mês.

O paciente é classificado por nível de assistência, explica a chefe do Serviço de Nutrição do HB, Lya Demétrio Almeida, que ali trabalha há cinco anos. “O primário é o que recebe visitas diárias; o secundário, duas a três vezes na semana; o terciário, a cada sete dias”, ela explica.

O setor trabalha com avaliação nutricional [antropometria, história alimentar, física e bioquímica]; cardápio individualizado, orientação nutricional, laudo nutricional, e prescrição e acompanhamento de terapia nutricional [oral e por sonda].

O Núcleo de Saúde do Servidor atende aqueles encaminhados pelo atestado de saúde ocupacional, os quais também se beneficiam de cardápios individualizados.

“Constantemente, a equipe de enfermagem e o Núcleo de Segurança do Paciente apuram falhas e problemas, bem como possíveis desperdícios na administração de dietas, o funcionamento de bombas de infusão e a busca passiva em prontuário físico e eletrônico”, descreve a diretora Joelma Sampaio.

Segundo ela, a notificação de dados sobre incidentes e eventos adversos é comunicada ao Sistema Nacional de Vigilância Sanitária. Pacientes, acompanhantes e servidores do HB são entrevistados por profissionais de saúde e, para reforçar ainda mais, o hospital promove palestras, cursos e eventos a respeito de saúde e alimentação.

CARDÁPIOS

Os cardápios são elaborados pela empresa Nutrimais, terceirizada pelo HB,  com os seguintes itens: no almoço, arroz, feijão, guarnição, salada e prato proteico [carne bovina, frango e peixe]; no jantar, os mesmos itens, substituindo-se o feijão pela sopa; no desjejum, café com leite, pão e frutas; nos lanches, sucos e complemento [bolo, torta e outros panificados].


NÚMEROS DA NUTRIÇÃO

► O HB serviu 178,6 mil refeições para pacientes no primeiro trimestre [janeiro, fevereiro, março] de 2018.
► Acompanhantes consumiram 49 mil refeições no mesmo período.
► Servidores consumiram 86,1 mil refeições.
► O restaurante atende 24 horas, de domingo a domingo, com 130 funcionários da empresa terceirizada Nutrimais. Em média, passam por ali aproximadamente 800 pessoas por dia.

(*) Escoliose é curvatura lateral da coluna vertebral, que pode ser única ou múltipla e fixa (devido à deformidade muscular) ou móvel (devido à contração muscular desigual).

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Fonte
Texto: Montezuma Cruz
Fotos: Marcelo Gladson
Secom – Governo de Rondônia

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