Segurança nas escolas e educação prisional motivam Audiência Pública
O deputado Anderson do Singeperon (PV) presidiu na manhã desta segunda-feira (21) Audiência Pública para discutir sobre a questão da segurança nas escolas e também sobre a educação no sistema prisional do Estado.
Segundo o parlamentar, ele visitou diversas escolas estaduais e constatou que, apesar do monitoramento eletrônico, o número de furtos e roubos nos estabelecimentos ainda é alto. “É necessário a presença da segurança nesses lugares. Precisamos ficar de olho nos nossos alunos”, afirmou.
Ele também falou sobre a situação da educação nos presídios. “Existem bons alunos dentro dos presídios, mas acredito que é preciso ampliar a questão do ensino dentro desses lugares. Isso dá um novo rumo para a vida do apenado”.
Segundo Ângela Aguiar, representante da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) hoje no Estado, há apenas uma escola para o sistema presidiário. “Em outros municípios nós não temos um espaço adequado, então fazemos apenas visitas as unidades prisionais e também a algumas cadeias”.
Durante discurso, ela falou que o maior problema da educação prisional é a falta de salas ou espaços mais adequados para a realização do trabalho, além do quadro pequeno de servidores. “Não tem concurso para ser professor do sistema prisional. Fizemos uma chamada de emergência há algum tempo e contratamos apenas 40 professores. Hoje, das 52 unidades prisionais existentes no Estado, atuamos em 29”.
A representante apresentou também um comparativo no número de estudantes dentro do sistema. “Em 2012 atendemos 913 alunos. Em nosso primeiro semestre desse ano já foram atendidos mais de 1500, porém esses números precisam aumentar. Nós precisamos de uma ampliação”.
A secretaria adjunta da Secretaria de Justiça (Sejus) Sirlene Bastos afirmou que as secretarias tentam sempre trabalhar em conjunto e que estarão fazendo o possível para resolver as questões. “Nós vamos verificar o que se pode fazer no momento, mas em modo geral precisamos avançar em todos os aspectos”.
Segundo Sirlene, a questão do quadro de servidores ainda é complicada. “Nós não temos previsão de qualquer concurso, então não posso falar sobre aumento de servidores, porém é necessário sim uma ampliação”.
O Major PM Padilha, representante da Secretaria de Estado de Segurança, Defesa e Cidadania (Sesdec) falou sobre a questão do tráfico nas escolas e da violência. “A violência, muitas vezes, vem de dentro de casa. Nós precisamos identificar as crianças em risco, contratar profissionais da psicologia para que exista uma maior prevenção de crimes”. De acordo com o major, com o envio de psicólogos para as escolas estaduais, o número de alunos que entram para o tráfico e para a violência irá diminuir consideravelmente.
Por fim, Anderson afirmou que estará solicitando mais psicólogos e segurança e fará encaminhamento para o governo do Estado, para saber planejamento de possíveis concursos. “Precisamos, com urgência, aumentar o quadro de servidores e prestar mais atenção nos nossos jovens, que são o futuro desse país”, concluiu.
ALE