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ROYALTIES60 - COARI/AM - 12/12/2011 - COARI/ROYALTIES - ECONOMIA OE JT - (((( EMBARGADO E EXCLUSIVO )))) - Matéria especial sobre a questão da utilização dos royalties do gás natural proveniente da Reserva de Urucu em prol do desenvolvimento do Município de Coari. Coari é um município brasileiro do estado do Amazonas de grande importância para a economia do Estado e da União, sendo uma das cidades mais ricas da Região norte. Na área territorial do município, localiza-se a plataforma da Petrobrás de Urucu, onde se extrai petróleo e gás. No local foi construído gasodutos quem levam gás até Manaus e Porto Velho. O município está localizado no rio Solimões entre o Lago de Mamiá e o Lago de Coari, traz em sua herança e memória a força dos índios Catuxy, Jurimauas, Passés, Irijus, Jumas, Purus, Solimões, Uaiupis, Uamanis e Uaupés. O nome Coari também está ligado às raízes indígenas e há duas versões: Em 1759 a aldeia é elevada a lugar com o nome de Alvelos. Em 2 de dezembro de 1874 foi elevada a vila, em 2 de agosto de 1932 a Vila de Coari é elevada a categoria de município. Na foto, boto próximo ao porto de Coari. Foto: FABIO MOTTA/AGENCIA ESTADO/AE

Piratas atacam refinaria da Petrobrás na Amazônia

Eles aproveitam a época de cheia para praticar roubos em balsas de transportes e estações fluviais. Sindicato das distribuidoras estima mais de 10 bilhões de litros roubados na Amazônia desde 2016.

A caça dos piratas por combustível na Amazônia chegou às refinarias e terminais de distribuição da Petrobrás e de outras empresas que atuam na região. O modus operandi desses ataques é o mesmo dos assaltos a embarcações nos rios: os piratas usam barcos pequenos e rápidos para chegar ao local e, com armas pesadas, rendem os vigilantes. Na sequência, um barco maior se aproxima para o combustível e os equipamentos roubados serem transportados.

Um dos alvos dos ataques é a Refinaria da Petrobrás em Manaus (REMAN), unidade produtora de gasolina e óleo diesel que abastece a Região Amazônica. “O esquema (dos piratas) é avançado. Existe furto direto na Refinaria de Manaus”, revelou ao jornal uma fonte ligada à segurança da Amazônia.

Os assaltos ocorrem, principalmente, na época das cheias, quando o nível alto dos rios facilita o acesso dos bandidos à refinaria. Eles fazem uma ligação com mangueiras de uma polegada para bombear combustível dos dutos diretamente para os tanques das embarcações usadas para o roubo, que ocorre sempre de madrugada, em uma área pouco iluminada, segundo o Sindicato dos Petroleiros do Estado do Amazonas.

“O perigo existe e é iminente. Já fizemos várias denúncias, que estão sendo investigadas pela direção da refinaria”, afirma Roberto Pinheiro, diretor do SINDIPETRO-AM. “Isso ocorre há uns 20 anos, mas se intensificou nos últimos anos. Recentemente, houve duas ou três ocorrências seguidas.”

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Em Manaus, os piratas também estão atacando o Porto de Encontro às Águas, onde tem sido roubados desde cordas, tubulações, materiais de geologia até equipamentos caríssimos de perfuração e de exploração, como pedra diamantada.

Outro ponto crítico é o Terminal Aquaviário de Coari, usado para escoamento de petróleo e gás produzido na região de Urucu pela Petrobrás. Pinheiro relata denúncias de troca de tiros há dois meses entre vigilantes e piratas que, além de combustível, roubam também material elétrico da unidade. “Aqui já é rota de tráfico, rota de piratas. Estamos perto da Colômbia e da Venezuela. Se não tiver gente suficiente para fiscalizar, a bandidagem corre solta”, afirma Lourival Júnior, diretor secretário do SINDIPETRO dos estados do PA, AM, MA e AP e diretor da Federação Nacional de Petroleiros (FNP).

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Perdas

Como o jornal publicou o trecho do Rio Solimões entre as cidades de Coari e Tefé, no Amazonas, é dominado por piratas e é o mais violento entre os rios da Amazônia, por causa dos carregamentos de drogas que vêm da Colômbia e do Peru.

A FNP diz ter relatado os problemas para a Petrobrás na mesa de negociações, e culpa os ataques piratas à drástica redução do número de funcionários da estatal desde 2014, sobretudo em operações nos terminais e aferição dos tanques de combustível.

O Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes estima que mais de 10 bilhões de litros de combustível foram roubados na Amazônia em 2016, sendo que o maior volume ocorreu em balsas de transporte. No primeiro trimestre deste ano, foram 2,4 bilhões. Roubos de piratas na Amazônia causam perdas de cerca de R$ 100 milhões por ano em mercadorias, segundo a Federação Nacional das Empresas de Navegação Aquaviária (FENAVEGA).

Procurada pelo jornal, a Petrobrás não se pronunciou. Uma fonte ligada à empresa, no entanto, confirmou uma tentativa de roubo na REMAN.

Segundo a fonte ligada à segurança da Amazônia, há denúncias também de ataques de piratas na área de exploração da petroleira russa Rosneft. Por meio da assessoria, a Rosneft negou a ocorrência dos crimes.

 

Barcarena virou a ‘terra dos piratas’

A cidade de Barcarena, no Pará, é conhecida como “terra dos piratas”. Localizada próximo ao Estreito de Breves, canal fluvial de acesso ao Arquipélago do Marajó, no Pará, a cidade é considerada o centro dos piratas, pois é ali que os bandidos se reúnem para fazer as incursões. A maioria das ocorrências é de roubo de combustível. O problema na região é tão grave que já está provocando falta de energia em algumas cidades, onde a geração de energia é feita por meio de termoelétricas.

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