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Com altos índices de infestação de Aedes Aegypti, Cacoal fará ações

Entre estratégias está o trabalho em equipe nos bairros mais atingidos. Segundo Setor de Endemias, índice de infestação está em 5,3%.

Devido ao alto risco de infestação do mosquito Aedes Aegypti, o Setor de Endemias de Cacoal (RO), a 480 quilômetros de Porto Velho, irá adotar estratégias de combate ao mosquito. O resultado do primeiro Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) realizado em 2017, revelou que o município está com 5,3% de infestação do mosquito. Conforme o órgão, o índice é considerado alto e acendeu o alerta para uma possível epidemia, caso os criadouros não sejam combatidos com urgência.

O coordenador do Setor de Endemias em Cacoal, Flaviano Melo, diz que a situação requer medidas preventivas urgentes. “A situação é preocupante, pois o vírus está circulando na cidade e pode se alastrar rápido para uma epidemia, por isso vamos mudar nossas estratégias de combate e prevenção. Atualmente estamos trabalhando por microzonas, onde um servidor é responsável por vistoriar cerca de mil imóveis, agora vamos atuar em equipes, onde todos os agentes serão deslocados para combater e notificar os focos nos bairros mais afetados”, relata.

Segundo os dados do LIRAa, entre os 1.720 imóveis visitados, a maior concentração do inseto foi encontrada no lixo doméstico, com 62% dos focos, seguido pelas caixas d’água, mas as fossas também tem sido motivo de preocupação, já que, se não forem lacradas, podem virar um mega criadouro.

“Esta grande quantidade de focos no lixo doméstico não se justifica, pois há coleta normalmente na cidade, basta o morador limpar o quintal e colocar na lixeira para ser recolhido. No caso das fossas abertas, também precisamos da colaboração da população, principalmente nos bairros onde a coleta do esgoto sanitário já foi instalado, por isso vamos notificar os moradores para que façam o aterramento ou a lacração das fossas”, aponta.

Outro fator preocupante, segundo Flaviano, é o aumento no registro de casos suspeitos das doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti.  “Até o fim do ano passado eram notificados no geral, por semana, uma média de quatro casos suspeitos, mas na semana passada foram registrados, 12 casos suspeitos de dengue, quatro de chikunguya e três do zika vírus”, alerta.

Sete bairros em alerta
Conforme o Setor de Endemias, a situação é ainda mais preocupante em sete bairros do município. Entre eles, o Centro da cidade, que em levantamentos anteriores nunca apresentou um índice tão alto de infestação. O resultado surpreendeu o setor de saúde. Os Bairros Liberdade, Industrial, Novo Horizonte, Arco Iris, Nova Esperança, Novo Cacoal e Centro são os que mais preocupam, locais onde foram encontrados a maior parte dos focos, sendo que desta vez até o Centro entrou no levantamento de bairros com alta concentração de criadores.

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