Comunidade pede suspensão de ensino integral em escola de Vilhena
Segundo pais, alunos e professores, unidades não têm estrutura. CRE diz que programa viabiliza adequações necessárias nas instituições.
Pais, alunos e professores de duas escolas estaduais de Vilhena (RO), a 700 quilômetros de Porto Velho, procuraram o Ministério Público de Rondônia (MP-R) nesta segunda-feira (9) para pedir a suspensão da implantação do ensino médio integral nas instituições. Segundo eles, as unidades não têm estrutura para receber o novo método de ensino. A mudança está prevista para acontecer em março deste ano.
Representantes das escolas Álvares de Azevedo e Shirlei Ceruti protestaram na frente do MP-RO contra a nova medida. Segundo eles, não houve diálogo com a comunidade escolar. “Temos várias dúvidas. A única certeza é que o ensino integral foi implantado e que as rematrículas que começam hoje já são para este ensino. Nossa escola não tem estrutura que se pede na portaria”, explica o estudante Pablo Vinicius Andrade.
A mãe de uma aluna da Escola Shirlei Ceruti, Solismar Aparecida Pretto, diz que os pais não foram chamados para discutir o novo projeto, e que os estudantes que não aderirem, terão que ser matriculados em escolas que ficam longe de casa.
O pai de outro estudante, Eliseu Pereira, reitera que é contra a nova medida. “Nós pais ficamos sabendo na última semana de dezembro. Ninguém foi consultado. E se ficar integral, muitos alunos ficarão sem vaga”, enfatiza.