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Veja lista dos 31 detentos mortos em penitenciária de Roraima

Apenas cinco corpos foram liberados para sepultamento. Massacre no maior presídio do estado ocorreu na madrugada de sexta (6).

A Secretaria de Comunicação do Governo de Roraima divulgou na manhã deste sábado (7) a relação dos 31 mortos na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo. Os presos morreram na madrugada de sexta-feira (6) após massacre na unidade por volta das 2h30. Não houve rebelião e não foi registrado fuga, segundo o governo.

Dos 31 mortos, apenas cinco foram identificados pelo Instituto Médico Legal (IML) e pelo Instituto de Identificação e liberados para o sepultamento.

Confira a lista de

1. Enoque Correia Lira Filho (corpo liberado) – preso por tráfico, formação de quadrilha e roubo
2. Edismar Henrique Duran Barreto (corpo liberado) – preso por roubo, furto e receptação
3. Alcides Pereira de Aquino (corpo liberado) – preso por tráfico
4. Carlos Eduardo Loreiro de Castro (corpo liberado) – preso por roubo, falsificação de moeda, receptação e furto
5. Francisco das Chagas Sousa Lima (corpo liberado) – preso por tráfico
6. Thiago Juvino de Oliveira – preso por tráfico e roubo
7. Alex Souza da Silva – preso por tráfico, homicídio e roubo
8. José de Moura Ferreira – preso por tráfico – preso tráfico
9. Albimeleque Fonseca Almeida – preso por roubo e furto
10. Fábio Bandeira Silva – preso por tráfico e roubo
11. Haciel Moreira da Silva – preso por tráfico
12. Elvis Roger Palma Hernandez – preso por roubo
13. Ilmar de Araújo Silva – preso por roubo, furto e homicídio
14. Edberto Pereira da Silva – preso por estupro e roubo
15. Clealbert Dutra Guimarães – preso por homicídio e formação de quadrilha
16. Márcio Correia Marcelo – preso por homicídio e tráfico
17. Francismar Souza de Oliveira – preso por roubo
18. Francisco Romerio Borba – preso por tráfico
19. Nilson Sales Souza – preso por tráfico e roubo
20. Paulo Wendel Guimarães Cardoso – preso por roubo
21. Adercio Alves da Cunha – não informado
22. Lázaro Quincas Saldanha – preso por tráfico, porte ilegal de arma e adulteração de veículo automotor
23. Mizael Guimarães da Silva – preso por homicídio, lesão corporal e porte ilegal de arma
24. Abel Paulino de Souza – preso por tráfico
25. José Antônio Araújo de Oliveira – preso por tráfico
26. Jairo dos Santos Morais – preso por estupro
27. Edione de Souza Santos – preso por tráfico e estupro
28. Francisco Luciano Pereira da Silva – preso por tráfico
29. Adriano Soares Marinho – preso por tráfico
30. Geocival de Lima Frazão – preso por homicídio
31. Luiz Oliveira dos Santos – preso por tráfico e homicídio

‘Presos ‘destroçados’ e decapitados’, diz secretário
O secretário de Justiça e Cidadania de Roraima Uziel Castro afirmou que os presos mortos não eram ligados a nenhuma facção criminosa e que foram brutalmente assassinados na unidade. Alguns presos foram decapitados e outros ‘destroçados’, segundo Castro.

No entanto, ele afirmou que os autores do massacre são integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC).

Castro disse que ainda não se sabe o motivo do massacre e relembrou que na unidade prisional onde aconteceram as mortes não há presos de outras facções além do PCC.

“Não foi um confronto de facções [em Roraima]. Isso é uma crise nacional que o país está vivendo neste momento […] Foi uma ação isolada de presos do PCC contra pessoas que não eram ligadas a nenhuma facção”, declarou Castro.

Confronto de facções
Em outubro, 10 detentos morreram na penitenciária agrícola durante um confronto de duas facções rivais e familiares foram feitos reféns. Alguns detentos foram queimados e outros decapitados. Na época, a polícia apontou 50 suspeitos dos assassinatos.

O número de mortos colocou Roraima em 9º no ranking de mortes violentas em presídios, conforme levantamento do G1.

Após o confronto, presos de facções rivais foram separados em unidades e chefes de organizações foram transferidos para outros presídios. Alguns foram levados para um presídio de segurança máxima no Rio Grande do Norte.

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Superlotação
A Penitenciária Agrícola de Monte Cristo é a maior unidade prisional de Roraima e até outubro abrigava mais de 1,4 mil presos, o dobro da capacidade. O presídio é administrado pelo próprio estado e tem condições “péssimas”, segundo uma inspeção do Conselho Nacional de Justiça de setembro de 2016.

Em dezembro, o governo anunciou a construção de um presídio de segurança máxima no estado para abrigar presos do regime fechado. Na ocasião, foi informado que as obras começariam em janeiro deste ano.

Ao todo, o presídio deve custar R$ 31 milhões, mais da metade dos R$ 46 milhões liberados pelo Ministério da Justiça para reestruturar o sistema prisional de Roraima.

Na manhã deste sábado, o presidente Michel Temer este na casa da presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, tratando reservadamente com a magistrada sobre a crise penitenciária.

De acordo com assessores, Temer e Cármen Lúcia já haviam conversado por telefone na sexta para discutir a situação dos presídios.O encontro não estava previsto na agenda oficial do presidente.

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